Com tanta coisa a fazer já estávamos cansados e resolvemos tirar "umas férias", afinal de contas ninguém é de ferro. Nossas férias antes da volta ao mundo foram na República
Dominicana. Na verdade, fomos até lá por um motivo muito especial: o casamento do irmão do
Manu, já agendado há muito tempo. Lá tivemos experiências muito opostas, que nos lembraram os votos do casamento: na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença…
O
casamento aconteceu em Punta Cana num Resort, o que para nós foi uma
experiência interessante e agora podemos dizer nossas impressões sobre o
sistema “All inclusive”, o favorito de 11 entre 10 americanos! Sem dúvida
nenhuma o mundo dos Resorts All inclusive é um mundo a parte. A infraestrutura
montada é impressionante, tudo foi pensado para você se divertir e passar bons
momentos lá dentro. Ponto negativo: por ser um mundo a parte, em que você fica
dentro de um sistema fechado, você acaba não tendo ideia do que realmente
acontece fora. Para nós, parte da graça de viajar está em conhecer não só o
lugar, mas as pessoas daquele lugar, a comida, a música, a cultura... Num
sistema All inclusive você vivencia o Resort e todas as atividades que são
oferecidas, porém não vivencia o lugar onde está. Por outro lado, se sua ideia
é descansar, não pensar em nada, comer e beber até morrer, não ter preocupações, acreditamos que os
resorts são a opção perfeita. As atrações agradam gregos e troianos, crianças e
velhos, jovens e adultos, tudo All inclusive! Se viaja com crianças,
consideramos uma ótima opção de férias e descanso.
Fala sério, vai reclamar dessa vida?!
Em
Punta Cana, particularmente, fugir do esquema All inclusive é um pouco difícil.
Nós tentamos, nos hospedamos num Hostel (nothing inclusive!) nas duas primeiras
noites. Primeiro problema, se você está fora do resort e deseja se encontrar
com quem está lá dentro vai ter uma certa dificuldade na portaria. Uma vez
estando lá dentro, você é capaz de ficar morando sem que notem sua presença,
mas infiltrar no sistema é um pouco difícil. Além disso, os resorts tomam boa
parte do acesso à praia. São poucas ruas que permitem que você chegue à praia, o resto é
tomado pelos resorts. Então se for ficar no esquema “nothing inclusive” preste
bem atenção na localização, veja se o acesso à praia é tranquilo e leia sempre
as referências (nós usamos muito o Trip Advisor e o Booking). O hostel que
ficamos era bem localizado, com muitos restaurantes próximos e tinha fácil
acesso à praia. Nos enganou um pouquinho em relação às fotos que estavam no
site. Limpeza e manutenção não são o forte da República Dominicana, mas dava
pra dormir sem pernilongo (ufa!). Uma opção para diminuir os custos de
hospedagem e ainda aproveitar das comodidades de um resort, é buscar um hostel,
ou coisa parecida, e passar o dia em algum resort com um Day Pass. Nós
utilizamos o Day Pass por um dia e nos custou US$ 90,00 por pessoa. O Day Pass,
geralmente, vale das 9:30 da manhã às 18:00 e você pode chegar cedo e
aproveitar o café da manhã, além de disfrutar de tudo que o resort oferece.
Conclusão
de nossa experiência “All inclusive”, valeu a pena? Absolutamente! Não temos do que
reclamar, foi tudo perfeito! Voltaríamos? É claro que voltaríamos! Mas por hora, não. E não é porque a
experiência não tenha sido boa, mas nosso esquema de viagem é um pouco
diferente. Nós gostamos de explorar os lugares, amamos o Couchsurfing, não temos filhos, somos novos, adoramos
provar comidas locais, e no momento (a não ser que a Megasena mude isso) a diária num resort é bem maior que nosso
budget de viagem.
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