A Grande Barreira de Corais

Chegamos em Cairns em um domingo ensolarado e já de cara gostamos da cidade. A cidade possui um parque linear na orla, chamado Esplanade, que é uma delícia. Muito bem cuidado, pistas de caminhada, corrida, bike, skate, parquinhos para crianças, churrasqueiras públicas espalhadas por todo parque, além de um piscinão, que se chama Lagoon (não é de Ramos, mas já ganhou o apelido, hehee!). Pelo que percebemos a cidade não tem praias para banhistas (pelo menos, no centro) e eles criaram a própria praia (o Lagoon). É tudo muito limpo, muito bem organizado e as pessoas realmente utilizam. Nós mesmos aproveitamos uma das churrasqueiras pra preparar nosso almoço: pão com ovo e salame, uma iguaria!!!! Nós tínhamos que devolver o carro na segunda, então aproveitamos para ficar com ele mais um dia e organizar nosso passeio pela barreira de corais. Apesar de estarmos no meio de um feriadão escolar (tipo semana do saco cheio), Cairns tem muitas opções de agências de turismo e passeios, paramos em uma delas e escolhemos o nosso. Os passeios são para todo gosto e todo bolso, escolhemos o que melhor se adequava ao que queríamos e agendamos. Nós escolhemos passar 3 dias no barco, com snorkel incluído e opção de mergulho a parte (uma boa coisa é que conseguimos uma promoção de 3 dias pelo preço de 2, uhu!). Foi bom que conseguimos agendar para terça, assim conseguimos devolver o carro na segunda e aproveitar os dias em Cairns. Na terça cedinho entramos no barco e lá fomos nós explorar a Grande Barreira de Corais. O esquema do barco é basicamente comer, entrar no mar, comer de novo, entrar no mar de novo, e por aí vai. A atividade é intensa: primeiro as boas vindas no barco, um pequeno tour, almoço e mergulho. Depois outra sessão de mergulho, depois o barco muda de lugar, mais uma sessão de mergulho, hora do bolo, outra sessão de mergulho, jantar e o mergulho noturno. No primeiro dia fizemos snorkel em todas as sessões (exceto na noturna que é só para mergulho). É simplesmente demais! A água é muito clara, você tem uma enorme visibilidade. Além disso, o coral é bem superficial, então muitos peixes estão próximos da superfície. As cores são lindas, tanto dos peixes quanto dos corais. Conseguimos até tocar uma tartaruga! A temperatura da água é super agradável, algo em torno de 22^o – 24^o, o Manu nem usou as roupas de neoprene, a Dri usou as roupas de neoprene  em alguns momentos (de manhã cedinho e no final do dia a água era um pouquinho mais fria, mas ainda assim agradável). No segundo dia logo cedo agendamos nosso mergulho (pelas instruções o melhor horário é o primeiro da manhã – 6:00h). Como era nosso primeiro mergulho e o cronograma é bem apertado, fizemos snorkel na primeira sessão e depois do café fomos para o mergulho. A Dri estava bem ansiosa, era o primeiro mergulho da vida. A pressão no ouvido não foi um problema, mas respirar dentro da água foi algo que ela demorou um tempinho para se acostumar. O instrutor foi muito legal, a ajudou a manter a calma e deu o tempo que ela precisava. Infelizmente, como ela demorou para se acostumar o tempo de mergulho em si foi meio curto, mas sensacional! Sabe dessas coisas únicas na vida? Pois é, mergulhar na Grande Barreira de Corais é uma delas. É como estar dentro de um aquário, ao mesmo tempo é como estar no espaço, sem gravidade e respirando dentro da água. Parece besteira isso de respirar dentro da água, mas o cérebro leva um tempinho pra se acostumar (pelo menos o da Dri levou!). Mergulhar traz uma sensação de paz e tranquilidade. Você está ali no meio do mar, ouvindo o barulho da água e da sua respiração e mais nada. É um mundo a parte, completamente diferente de tudo. Peixes das mais diversas cores, tartarugas, corais, cores e mais cores, tubarões. Depois do nosso mergulho continuamos nossa vida no barco: comer, fazer snorkel, comer de novo, mais outra sessão e por aí vai. Conhecemos várias pessoas legais (entre comer e mergulhar ainda tinha a parte social, dá pra ver como a vida no barco é intensa!). No dia seguinte agendamos outro mergulho, era pra ser na primeira sessão mas o barco mudou de lugar e a Dri acordou muito mareada (depois descobrimos que o melhor remédio para o enjoo era pular na água) e acabamos fazendo na segunda sessão. Dessa vez foi mais fácil, e simplesmente demais! Tinham milhares de peixes, passamos por entre os corais (pareciam uns cânions), e mergulhamos por bastante tempo. Infelizmente não encontramos o Nemo (tinham outros da mesma família, mas nada de Nemo). Demora um tempo para absorver as coisas (ainda hoje nós não acreditamos!) e cada vez que lembramos do nosso mergulho nos sentimos realizados, algo único na vida! Poderíamos passar vários dias no barco, intercalando comida e mergulhos, mas nossos ventos estavam soprando de volta à costa e ainda tínhamos toda a costa para descer até Sydney.

Procure a tartaruga na foto

Intervalo entre um mergulho e o almoço

Não vimos o Nemo, mas vimos uns amigos dele

Falei que tinha uma tartaruga?!

Juro que tem um tubarão lá no fundo

Parece um aquário, mas é a barreira de corais mesmo

Tão colorido quanto os luminosos de Los Angeles.

"Água no umbigo, sinal de perigo"

Brincando com a tartaruga. E ela (a tartaruga) até gosta.

Mais colorido. Cuidado para não enjoar com tanta foto do mar.

A diversidade da barreira de corais.

O barco que nos serviu de base e casa por estes incríveis 3 dias.