Foram só 10 dias no Nepal que deixaram um gostinho de quero mais! Visitamos poucos lugares, mas gostamos muito do que vimos. Nosso mapa de viagem ficou assim:
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Depois da saga que foi nossa travessia, merecíamos uns dias de descanso e aproveitamos a linda cidade de Pokhara para isso. Quando montamos nosso roteiro de viagem, tínhamos optado por ficar 5 dias em Pokhara e 5 dias em Kathmandu, mas conversando com viajantes ao longo da estrada, alteramos nosso roteiro e resolvemos ficar 7 dias em Pokhara e 2 em Kathmandu (sim, pelas contas está faltando 1 dia, mas é o dia em que ficamos nos deslocando).
Pokhara é um dos principais destinos para quem quer fazer trilhas no Nepal. Daqui saem trilhas curtas (de um, dois dias) até maiores (acho que não tem limites de dias para as maiores). Daqui também que se vai para o Annapurna (que é uma das bases nos Himalaias). Pokhara fica no meio das montanhas e tem um lago delicioso. A cidade é bem turística, mas é perfeita para quem quer descansar. E foi isso que fizemos. Passamos uma semana curtindo o "dolce far niente" (simplesmente, o prazer de não fazer nada). Aproveitamos muito o lago, lemos bastante, caminhamos, dormimos e teve um dia que até fizemos uma trilha até o mirante da paz (até que foi muita coisa para quem não ia fazer nada). Nós chegamos a olhar quanto custaria para fazer uma trilha de 4 dias até Poon Hill, que é uma das mais turísticas e conhecidas da cidade. Primeiro, fomos pesquisar os preços nas agências de turismo, mas sairia algo de US$ 400,00/ casal, totalmente fora do nosso orçamento. Depois, descobrimos que dava pra fazer por conta, sem agência e sem guia. A trilha é bem sinalizada, e cheia de turistas, não há como se perder. Nos animamos, preparamos nossas coisas e fomos. Mas, chegando na cidade de onde começa a trilha, descobrimos que teríamos que pagar as permissões para entrar na reserva de Annapurna. Refizemos nossas contas e vimos que iríamos estourar nosso orçamento (pagando as permissões, mais hospedagens e alimentação ao longo da trilha), então resolvemos deixar a trilha para a próxima (decidimos que voltaremos ao Nepal só pra fazer as trilhas, hehehe). Muitos dirão: "não acredito, vocês já estavam lá e não fizeram?". Mas fazer uma viagem longa, com um orçamento restrito, exige que calculemos nossos gastos e façamos escolhas ao longo do caminho. Sabemos que sempre terão atrações "imperdíveis" em vários lugares do mundo, mas não dá pra fazer tudo. Para nós, só o fato de estarmos aqui já é por si só uma atração imperdível! Paris não deixa de ser incrível só porque você não subiu na Torre Eiffel. Nossas contas de viagem são como nossas contas de casa, no mês que estamos mais apertados não saímos pra comer fora. Essa é a grande diferença entre a viagem de longa duração, onde nossa rotina é viajar, e uma viagem de férias, que são apenas 20 dias e tentamos fazer tudo o que dá nesse tempo.
De Pokhara seguimos para Kathmandu, numa viagem que era pra ter durado entre 5 e 6 horas e durou 8! No Nepal as distâncias não são longas, mas são demoradas. Pra começar, o Nepal é uma cadeia de montanhas, as estradas são muito sinuosas e bem ruins. Às vezes para passar um carro tem que esperar o que está vindo no sentido contrário passar primeiro. Com isso, as viagens demoram várias horas e são muito tensas. E por pior que pareça, é melhor utilizar ônibus do que as vans ou jipes turísticos. Os ônibus não são confortáveis, mas vão mais devagar, o que deixa a viagem um pouco menos tensa. Já as vans ou jipes vão muito rápido nas curvas, ultrapassam em pontos cegos da estrada, enfim, para os nossos padrões o pessoal é bem imprudente. Mas voltando à nossa viagem, o nosso ônibus demorou tanto porque quebrou já dentro de Kathmandu algumas vezes, hehehe! Viajar também é um exercício de paciência... Com isso, acabamos perdendo um dia inteiro na viagem.
Kathmandu é grande, bagunçada, barulhenta e mais suja que Pokhara (mas ainda é menos que a Índia). E ficamos muito felizes em ter escolhido passar mais tempo em Pokhara, pois 2 dias em Kathmandu já está de bom tamanho. Nós ficamos no bairro Thamel, um bairro bem turístico e onde está a maior concentração de restaurantes e bares de Kathmandu. Perto daqui também estão as principais atrações da cidade. Escolhemos 3 atrações para visitar: o Swayambhunath Temple (ou templo dos macacos), a Durbar Square e o Garden of Dreams. Como fizemos tudo à pé, acabamos não indo no Garden of Dreams (no final já estávamos bem cansados). Todas as atrações são pagas, o templo e os jardins custam 200,00 rúpias nepalesas cada e a Durbar Square 750,00 rúpias. Nós não entramos na praça, fotografamos de fora mesmo. O templo dos macacos é bem legal, fica no alto e você sobe 365 degraus para chegar lá. Tem uma vista bacana da cidade, mas não conseguimos ver muita coisa porque o dia estava meio enevoado. De qualquer maneira, valeu a visita.
Caminhar pelas ruas de Kathmandu é um tanto quanto cansativo, depois do templo e da praça ficamos exaustos! As ruas são super estreitas, cheias de gente, carros e motos. Além disso, são milhares de lojinhas pra todos os lados. Tem horas que você fica meio zonzo com tanta informação! É interessante notar a arquitetura da cidade. Várias casas e prédios, que hoje estão caindo aos pedaços, devem ter sido muito bonitos nos áureos tempos da cidade, quando esta era ponto de encontro e confluência de mercadores que andavam entre o Nepal, o Tibet, a Índia e a China. Os detalhamentos em madeira são muito bem feitos, e mesmo mal conservados ainda são lindos!
Gostamos muito do Nepal! Esse pequeno país, espremido entre as montanhas, é um lugar especial! Como dissemos, pretendemos voltar um dia para quem sabe, fazer uma ou umas trilhas entre as montanhas do Himalaia, que desta vez só pudemos ver melhor pela janelinha do avião que nos levava a caminho de Kuala Lumpur, nossa próxima parada.
Busão no Nepal, agora acrescente músicas
nepalesas no fundo
Ah, Pokhara! Não é um bom lugar para dolce far nitente!
Comemorando o aniversário do Manu
Ensaio de dança típica (pelo menos é o que nós achamos)
Mirante da paz
Vista da cidade (atrás das nuvens estão os picos nevados)
Na trilha morro abaixo
Hum, será que aponte aguenta?
Kiwi curtindo a beira do lago
Pra despedir de Pokhara
Cerveja quente do Tibet, vai encarar?
As ruas de Thamel (Kathmandu)
Entrada do templo dos macacos
Haja escada, affe!
Os olhos do Buda
Ê vidão!
Durbar Square
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