Como comentamos nesse post aqui, nossa ideia era seguir pelo Laos e atravessar para o Camboja pelo sul do país. Mas quando começamos a pesquisar desistimos totalmente da ideia, afinal já tínhamos passado pela experiência de uma noite chacoalhando por estradas ruins e cheias de curvas. Chegamos a cogitar ir de avião (além de tudo, o preço da passagem de ônibus não era nada amigável), mas não encontramos nenhum vôo que estivesse ao nosso alcance. Só nos restou a opção de atravessar via Tailândia, ou seja, ir até Bangkok e de lá pegar outro ônibus para Siem Reap. E assim fizemos:
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Encontramos uma passagem bem mais barata para Bangkok e o melhor a agência ainda oferecia café, wifi e banho enquanto você aguarda seu pick-up (ou tuk tuk que vai te levar até a rodoviária). Nós aproveitamos todos os serviços, claro! Às 17:00, o tuk tuk nos levou, juntamente com um casal de espanhóis, até a rodoviária e pegamos um ônibus (às 18:00, é importante ter ideia do tempo) para atravessar a fronteira com a Tailândia. Importante: guarde 10.000 kips (pouco mais de US$1,00, valores de fevereiro de 2015) para sair do Laos. Sim, você tem que pagar essa taxa para sair do país (não basta o visto de entrada). Saímos do Laos e entramos na Tailândia, primeira parte da viagem: check! Fomos deixados na rodoviária da cidade de onde sairia nosso segundo ônibus que nos levaria até Bangkok.
A maioria dos ônibus intermunicipais da Tailândia são do governo e o serviço prestado é excelente! No valor da passagem estava incluída uma refeição no meio do caminho, e além disso eles oferecem água, cobertor, e mais um lanchinho (com suco, bolo e café)! Como também já mencionamos, as estradas da Tailândia são muito boas e a viagem foi bem tranquila (longa, mas tranquila).
Chegamos em Bangkok por volta das 6:30 da manhã e já fomos direto comprar a passagem para Siem Reap, no Camboja. Como já havíamos pesquisado anteriormente, o melhor ônibus para evitar as roubadas da fronteira é do governo, mas não tinha mais passagem. Então compramos uma passagem, num ônibus do governo também, até a cidade da fronteira. Não era a opção ideal, ainda mais que tínhamos que ir da fronteira até Siem Reap, mas era o que tinha para o momento. Às 9:30 saiu nosso ônibus e lá fomos nós.
Chegamos na fronteira por volta das 14:00 e seguimos a pé para cruza-la. Logo de cara a primeira surpresinha: a taxa do visto é de US$ 30,00 (e pelo que tínhamos pesquisado custava US$ 20,00, parece que toda fronteira que a gente chega o visto está US$ 10,00 mais caro do que o esperado!) mais uma "taxa extra", que até agora não sabemos para que serve (quer dizer, no fundo sabemos) de 100 bahts tailandeses (mais ou menos, US$ 3,33). A fronteira é meio confusa, você primeiro paga as taxas, recebe o visto, depois anda até um lugar meio estranho para carimbar sua entrada. Aqui vale a máxima que escutamos de nossas mães: "não aceite balinhas de estranhos"! Tente atravessar a fronteira por sua conta, sem dar muita conversa para quem te oferece ajuda, indica os caminhos, siga em frente e não aceite ajudas (ou você acabará pagando mais "taxas").
A boa notícia é que logo depois que você sai da sessão de carimbos tem um ônibus que leva até a rodoviária e de lá você tem três opções para Siem Reap: o bom e velho (literalmente) busão, taxi ou van. Nós fomos de busão mesmo, era a opção mais barata e o tempo de viagem era quase o mesmo. Quando entramos no busão, lá estava o casal de espanhóis que saiu com a gente de Vientiane. Engraçado, porque depois que chegamos em Bangkok nós não os vimos mais. Lá fomos nós para mais 3 horas de viagem, que na verdade foram 4 horas.
Depois de 2 tuk tuk (um em Vientiane e um em Siem Reap), 5 ônibus, 28 horas de viagem, e de cruzar 3 países, finalmente chegamos em Siem Reap!
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