26 de junho de 2015

Salzburg


Você deve estar aí pensando que Salzburg fica na Áustria, que por sua vez fica na Europa e a Dri e o Manu não planejavam ir pra Europa, certo? Pois é, pra quem não ia pra Europa a Áustria é o quinto país que visitamos no continente, mas devemos dizer que não podíamos deixar de vir aqui. Recebemos um convite muito especial da Theresa e o Hannes, um casal de austríacos que ficou hospedado em nossa casa ano passado (nós já falamos que se não querem nossa presença, não nos convidem. Se convidar a gente vai mesmo, hehehe!) e cá viemos nós.
Além de revê-los (que por si só foi muito bom), ainda conhecemos a charmosíssima Salzburg (terra da Noviça Rebelde, ah, e do Mozart também) e fizemos um passeio até Hallstatt, numa região considerada Patrimônio da Unesco. Não só Hallstatt é muito linda, como toda a região vale a visita. Existem muitos lagos e, claro, montanhas! Uma vez na Áustria, faça como os austríacos, sendo assim lá fomos nós fazer uma pequena trilha até o topo da montanha para apreciar a vista da vila e o lago. 
Nossos dias em Salzburg foram deliciosos e bem tranquilos. O tempo é bem inconstante e chove quase todo dia, mesmo assim aproveitamos muito (aliás, se tem uma coisa que não nos incomoda é o tempo, afinal não temos como controlá-lo). A cidade por si só já é um encanto. O centro histórico é fechado para carros, então aproveite para bater perna por ali. A cidade é pequena e fácil de se localizar. Se estiver com preguiça de explorar tudo à pé, vá de bike! Nós aproveitamos as bicicletas de nossos anfitriões e pedalamos o tempo todo (por isso não temos maiores informações sobre aluguéis de bike). A cidade possui várias ciclovias, parques lineares e mesmo onde não há ciclovia, há respeito. Dá pra pedalar tranquilamente, tem até um excesso de sinalização. É importante ter lanternas sinalizadoras nas bicicletas, para não tomar multa. Se você optar por utilizar o transporte público, vale comprar o passe de um dia, pois uma passagem simple de ônibus ou trem custa 1,70 euros e o passe de um dia custa 3,40 euros. 
Nós visitamos vários lugares onde "A Noviça Rebelde" foi filmado (foi um pouco coincidência, mas visitamos). Visitamos os jardins do Castelo de Hellbrunn (onde se passam várias cenas do filme), não entramos em nenhum dos seus museus, mas a visita aos jardins já valeu a pena. Se você pretende visitar os museus vale a pena comprar o guia completo com várias atrações.
Também visitamos o Castelo/ Fortaleza da cidade, que fica bem no alto. É um dos maiores castelos da Europa e gostamos muito da visita. A vista é lindíssima e o castelo é muito interessante. O ingresso dá direito a entrada nos museus do castelo e mais a subida pelo funicular (nós fomos de bicicleta, uma bela subida!). No centro, visitamos a Igreja do Domo que foi uma surpresa para nós. A igreja é muito bonita, a ornamentação é toda em pintura e a visita é gratuita (você pode fazer uma doação se quiser).
Além de curtir a cidade, nós também curtimos muito os jantares com nossos amigos! Tivemos a versão brasileira para uma comida alemã, comida thai, comida típica austríaca e pizza! Sempre acompanhados de uma boa cerveja ou um bom vinho e um ótimo papo! 
Mais um lugar que não estava nos nossos planos iniciais, mas que valeu muito a visita!

Reencontros pelo mundo!

Sim, nós subimos a montanha!

Vista da vila de Hallstatt

 Hallstatt: patrimônio da Unesco

Salzburg

A terra de Mozart

Nossas andanças de bike

Terra da Noviça Rebelde também


Refeição predileta: salsicha, chucrute e cerveja

Castelo de Salzburg

A vista da cidade

Não é linda?



Mais um jantar delicioso! Hannes e Theresa obrigado por tudo!





25 de junho de 2015

Pagando as contas: Alemanha

Assim como Portugal, nossa passagem pela Alemanha (que incluiu bate-voltas à Suíça e à França) foi também um caso à parte; e pelos mesmos motivos: Reuniões familiares e de amigos, mas dessa vez por parte dos lados da Dri, além de estarmos lidando com o final do período previsto para estarmos na África (período cujo orçamento previsto era de US$ 200,00/ dia), nos ajudaram e muito, a ficar bem abaixo dos gastos previstos para o período. Nosso gasto médio foi de US$ 98,00, mas deve-se incluir aí os custos de passagens aéreas entre a Alemanha e a Rússia, além nosso deslocamento a Salzburg, na Áustria, onde encontraremos alguns amigos que nos convidaram a visitá-los.

O fim do período com previsão de gastos de US$ 200,00/ dia acabou no dia 07/06

Com isso, obviamente, nossa margem comparativa entre a previsão de gastos acumulados frente o realizado aumentou consideravelmente, saindo dos 7,06% com que finalizados nossa estada em Portugal para os 8,90%, ao fim desta nossa jornada na Alemanha. Isso já nos deixa mais próximos de nossa meta de economizar ainda 10% do previsto inicialmente.

Nossa margem continua subindo

Assim sendo, após todo o período de desencontro de calendários referentes ao Overland da África, conseguimos uma bela recuperação nas nossas contas, como previsto desde o dia 04 de abril. Ainda não chegamos aos 105 de margem pretendidos, mas no acumulado de nossa viagem já economizamos o equivalente a US$ 3.693,81, frente aos US$ 42.545,76 que segundo nossa previsão já teriam sido gastos. Quem sabe essa economia não possa ser investida em uma nova viagem, hein?!
Quanto à distribuição dos gastos, tivemos grandes contribuições dos itens transporte (que conforme já informamos, foi impactado pelos deslocamentos entre Alemanha/ Austria/ Russia), e acomodação. Com relação à acomodação, além da colaboração do parentes, também voltamos à velha tática de preparar nossos próprios sanduíches para o almoço (especialmente nos dias em que fomos à Suíça, que como é sabido, é o país mais caro do mundo para mochileiros), e cozinhamos à noite.

Transporte e acomodação foram os principais fatores de contribuição em
nossos gastos na passagem pela Alemanha (que incluiu Suíça e França)

Assim, nossas contas voltaram a apresentar um desempenho positivo de forma consistente em dois países seguidos desde nossa passagem pelo Japão, e esperamos que continue dessa forma em nossos próximos países.

24 de junho de 2015

A Alemanha





A Alemanha é sensacional! Na nossa opinião existem os japoneses, os alemães e o resto do mundo (nós ainda não conhecemos os países nórdicos, pode ser que essa lista aumente). É impressionante e admirável a capacidade de reconstrução e de organização desse país. Como diria nosso querido amigo Arthur: "a grande diferença dos alemães é que eles se tratam como adultos". E é assim mesmo, o que não é permitido não é e ponto, não existe um "jeitinho", uma maneira de furar a regra. Talvez seja esse o segredo da recuperação após a segunda guerra e depois da reunificação. É de se admirar que a 70 anos atrás o país foi destruído e dividido, e hoje é uma das maiores potências econômicas no mundo. É impressionante como tudo funciona e como tudo é organizado (até os canteiros de obra são organizados).
Nossa experiência aqui também foi muito interessante. Nós ficamos hospedados em uma vila bem no sul do país, depois numa casa de fazenda na Floresta Negra e por último num apartamento no bairro da moda em Berlim. Fizemos compras diretamente do produtor até numa loja badalada em Berlim (no caso da loja, Dri e Manu só observaram as compras!). Essa diversificação foi legal para nos dar uma ideia das diferentes partes do país, é claro que o país é grande e nós só visitamos uma pequena parte, mas já deu pra sentir um gostinho de como as coisas são por aqui. Tivemos também a oportunidade de conversar com pessoas daqui, que nos contaram um pouco de suas histórias, e também brasileiros que vieram morar aqui. É claro que existem as dificuldades, como em todos os lugares do mundo, mas de maneira geral as pessoas estão bem satisfeitas com o país. 
Como arquitetos, também não podemos deixar de comentar como a arquitetura nos encantou! E não só pela beleza, mas também pela qualidade dos acabamentos (aqui vale a expressão "bem acabado"!). A arquitetura tradicional encontra o que há de mais novo e elas "conversam"muito bem. Ainda na nossa área, mas no lado do urbanismo, o que nos chamou atenção nas cidades foi a locomoção urbana. Você deve está pensando que isso não é coisa de arquiteto, mas devemos dizer que sim, sempre observamos a maneira como as cidades são utilizadas. As bicicletas estão incorporadas como meio de locomoção urbana, isso fica claro em cidades como Berlim, mas também no interior. Por todo lado as pessoas andam de bicicleta, inclusive existem ciclovias entre cidades! E você percebe que as bicicletas fazem parte da vida das pessoas quando vê alguém indo para o trabalho de terno, gravata, pasta e na bike. Também não foi incomum ver mulheres arrumadíssimas, de salto fino, pedalando por aí. Mas o que mais chamou atenção no uso da bicicleta foi o respeito de todos para com todos!
A Alemanha não estava nos nossos planos, mas ficamos muito felizes em conhecer o país (a Dri gostou muito, principalmente por ser a terra de seus antepassados)! Tivemos a oportunidade de estarmos presentes no casamento de uma prima, e assim manter os laços familiares. Além de ter sido uma delícia reencontrar a família, matar a saudade da mãe e das tias! Sem dúvida um país admirável, que deixou um gostinho de quero mais!
PS: Andando pelo país, encontramos mais um gol da Alemanha, hehehehe! (piadinha infame, mas não podia deixar passar...)

23 de junho de 2015

Berlim

Ah, Berlim! Que cidade, wow! Berlim é uma caixinha de surpresas, a cada esquina você vê algo diferente, algo lindo, algo intrigante. Berlim é uma cidade onde tudo acontece. É vibrante, é antiga, é nova. Na verdade, ouvimos dizer que Berlim é uma cidade que nunca é, mas que virá a ser, pois está em constante transformação.
Nós ficamos hospedados no bairro da moda de Berlim. Também alugamos um apartamento pelo Airbnb, que não podia ter sido melhor (obrigado tia Lurdinha!). Em frente a um dos canais que corta a cidade e próximo de estações do metrô, do nosso apartamento era fácil, fácil ir para qualquer ponto da cidade.
Começamos nossas andanças por Berlim de uma maneira muito especial: uma prima da mãe da Dri trabalha no Reichstag (o Parlamento alemão) e nos convidou para uma visita guiada. Foi muito especial, afinal não é fácil conseguir uma visita ao parlamento, ainda mais guiada. Entramos em um dos prédios secundários e ela andou conosco pelos principais prédios, contando um pouco da história, o dia a dia e também nos contou muita coisa da reforma feita por nosso ídolo Sir Norman Foster! A visita foi incrível, uma oportunidade única! 
No dia seguinte fomos visitar o Museu Judaico, também de outro arquiteto renomado (embora um pouco controverso) Daniel Libeskind. O museu é impressionante, uma maneira de não se esquecer dos horrores do holocausto. Para arquitetos e também aqueles que gostam de arquitetura, só o prédio em si é demais! De fato, foi pensado para que você se sinta incomodado e tenha a própria experiência. Podemos dizer que é um museu visual e sensitivo. Sem dúvida, um lugar a ser visitado.
No nosso terceiro dia em Berlim fizemos um passeio não convencional, pelos lugares que só os berlinenses conhecem. É que uma amiga da tia da Dri, a querida Rosita, é guia especializada e nos levou para dar um passeio pela cidade sob uma nova ótica. Andamos por um dos bairros mais tradicionais da Berlim oriental, aprendemos um pouco da história da cidade, sua formação, os períodos e como a cidade foi se transformando (melhor dizer, como a cidade está se transformando). Quanto mais se conhece Berlim, mais apaixonante a cidade fica! Pensar em tudo que a cidade passou, em como ela sofreu durante as guerras, depois como ficou dividida e hoje como está reunificada. 
Nesse dia nosso jantar foi diferente e muito especial: a Dri fez um jantar tailandês e recebemos a visita da Nicole, amiga do Manu. A comida ficou um pouco apimentada, o que podemos dizer que foi tipicamente tailandesa! Mas o que vale é o bom papo e claro, a companhia!
No dia seguinte fomos tomar um "brunch"na casa da Rosita para comemorar o seu aniversário. Foi um senhor "brunch", e depois seguimos por mais um passeio maravilhoso por Berlim. Dessa vez fomos para o lado ocidental, andamos bastante pela "Champs Elysees" alemã, com suas lojas de luxo. Em muitas esquinas você encontra vários períodos arquitetônicos e fases pelas quais a cidade passou. 
O dia seguinte foi o de dizer até logo! Almoçamos juntos e nos despedimos da mãe da Dri e das tias. Elas seguiram para o Brasil e nós ainda aproveitamos a tarde em Berlim, pois nosso trem só partiria à noite. Para amenizar a saudade antecipada, nada como um passeio de bicicleta! Mais uma vez, a Rosita foi espetacular e nos levou para andar por Berlim na perspectiva da bike. Não poderíamos ter melhor despedida dessa cidade incrível. Fomos até um aeroporto desativado e que hoje é um parque. Andamos por outros parques lindos, passamos por uma fábrica de estruturas de madeira (sim, isso mesmo que você leu) que nos deu saudade de nossa profissão (aliás, Berlim nos lembrou do quanto nossa profissão pode ser legal), visitamos o Check Point Charlie, bairro das embaixadas, e até uma comunidade alternativa no meio da cidade. Cada canto uma surpresa, uma novidade, algo pra deixar um gostinho de quero mais (na opinião da Dri é um gostinho de quero morar aqui, hehehe!). E por mais que desejamos ficar é hora de tocar o barco, e assim seguir num trem noturno pra Munique.

Farol vermelho!



Começo de nossa visita guiada pelo
Reichstag

Nomes dos parlamentares eleitos 
democraticamente, Hitler 
inclusive faz parte dessa lista

De enlouquecer os arquitetos!


"Tira foto no espelho pra postar no Facebook"

Um pouco do antigo e do novo

Ah, Sir Norman Foster




O que sobrou do muro

Museu Judaico




Kiwi também foi pra Berlim

Turma da risada!

Por Berlim...







Pedalando na pista do aeroporto

A fábrica de estruturas de madeira mais 
linda que já visitamos


Check Point Charlie


Tschuss, Berlim!