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A Rússia é o país pelo qual passamos que mais nos lembrou o Brasil (pelo menos até agora). Por mais engraçado que possa parecer, a Rússia e o Brasil tem muito mais em comum do que imaginamos. Ambos são países grandes (aqui a Rússia sai na frente), economicamente, os dois país estão bem nivelados um com o outro. Além disso, o custo de vida, salários, problemas com corrupção, desigualdade social, nem todo mundo fala inglês (essa é uma reclamação recorrente dos turistas estrangeiros que visitam os dois países), etc... fazem com que os países sejam bem próximos um do outro (quase irmãos, por assim dizer). Outra constatação é que ambos adorariam ser os Estados Unidos, mas não admitem. No final das contas, a grande diferença entre a Rússia e o Brasil é o clima (nesse quesito estamos muito melhores que eles!). Nós já tínhamos tirado essa conclusão conversando com um casal de russos (ela é russa e ele ucraniano) que ficaram hospedados em casa no ano passado, e visitando o país e conversando com nosso anfitriões percebemos que sim, os dois países são irmãos!
Sem dúvida, a Rússia é um país muito interessante, cheio de histórias por onde você passa. Nós estudamos a Revolução Russa na escola, acompanhamos a Guerra Fria e o fim da União Soviética, e quando se visita o país conseguimos contextualizar tudo isso. Visitar o Kremlin, a Praça Vermelha, ver os Lenins espalhados pelas cidades, é bem legal. Claro que tivemos apenas numa parte ínfima do território (afinal, a Rússia ocupa quase metade do planeta), mas tanto St. Petersburg quanto Moscou transbordam história, e foram os principais palcos dos eventos citados.
Outra curiosidade sobre a Rússia é que o país nunca teve uma colônia (nós nunca tínhamos parado pra pensar nisso). Mas é verdade, a Rússia sempre expandiu seu território lutando com os vizinhos, mas nunca teve colônias espalhadas por aí. Ah, e ao invés de chamar de Segunda Guerra Mundial eles chamam de Guerra Patriótica.
Uma coisa que não se pode negar é que o regime comunista era bastante propagandista. Como já mencionamos no post sobre Moscou, os prédios públicos são enormes. É mesmo uma escala monumental! E olha que descobrimos, através da Daria, que alguns edifícios gigantescos (sem noção de grande) não foram construídos (a arquitetura mundial agradece!). Além dos edifícios, os símbolos e imagens estão para todos os lados, lembrando a todos como o regime era bom, o caminho a ser seguido (só para esclarecer, não estamos questionando o regime, apenas constatando os reflexo dele na arquitetura).
Os russos têm a fama de serem cara amarrada, não sorrirem muito, mas não podemos reclamar do tratamento que tivemos na Rússia. Como em todos os lugares do mundo sempre existem pessoas dispostas a ajudar. Um exemplo foi quando estávamos esperando pelo espetáculo do barco vermelho, em St. Petersburg. Estávamos naquele amontoado de gente, todo mundo se espremendo, de repente um cara resolveu ir comprar café e perguntou se a gente queria também! Eu comecei a sentir frio e a menina que estava do meu lado me ofereceu o cachecol dela. Pequenas gentilezas, mas que fazem a diferença!
Foi bom conhecer a Rússia. Saímos de lá com a sensação de missão cumprida. Não está na nossa top lista de lugares que queremos voltar, mas se tivermos a oportunidade, voltaremos!
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