Na África do sul recebemos uma visita especial: a Maria
Alice, mãe do Manu, veio nos encontrar.
A princípio chegaríamos no mesmo dia a Joanesburgo com uma
diferença de poucos minutos, mas o vôo dela teve um probleminha no Brasil e ela
só podem decolar no dia seguinte com isso, ficamos um dia a mais em
Joanesburgo. No primeiro dia não fizemos muita coisa além de dar entrada no
visto para o Malawi. No segundo dia, buscamos a mãe do Manu no aeroporto e
fomos visitar o Museu do Apartheid.
Joanesburgo é uma cidade grande, muito espalhada e sem
muitos atrativos. Um dia ou dois são suficientes para a cidade. Como pontos
principais para visita, destacamos o Soweto, a visita ao Museu do Apartheid,
pelo menos uma passada pelo estádio de Bloemfontein. Nós visitamos o museu,
passamos pelo Soweto e pelo estádio, e à noite jantamos na Mandela Square. A
Mandela Square é um complexo de restaurantes, bares, shopping, e hotel. É uma
boa opção para o jantar (não é muito para mochileiros, mas os preços são
razoáveis).
No dia seguinte, tomamos nosso café da manhã e partimos em
direção a Durban. Chegamos em Durban já de noite, nosso hotel estava bem
localizado e com vista para o mar. Durban também é uma cidade grande, à beira
mar e um dia é suficiente para visita-la. Nós tentamos fazer um tour por nossa
conta por mercados locais, mas não fomos muito bem sucedidos. Almoçamos na
orla, que foi totalmente revitalizada para a Copa de 2010 e é bem bonita.
Infelizmente, Durban não é uma cidade segura e passamos por um pequeno assalto:
estávamos voltando a pé para o hotel quando um homem puxou o colar que a Dri
estava usando. Felizmente não foi algo traumático, nem sofremos maiores danos,
mas vale a dica para quem deseja visitar a cidade: mantenha os olhos sempre
abertos por lá e evite andar por ruas que não sejam as principais e fora da
orla. A situação na África do sul é bem diferente da Ásia (pelo menos, por onde passamos). Nós
não nos sentimos ameaçados em momento algum por onde andamos na Ásia,
infelizmente não podemos dizer o mesmo daqui.
Nós também passamos pelo estádio de Durban, que ficou muito
bonito. Visitamos só por fora, como era meio de semana estava fechado, mas aos
sábados e domingos existem várias atividades disponíveis: você pode escalar o
arco do estádio, saltar num swing e apreciar a vista da cidade. De qualquer
maneira, valeu a visita.
Seguindo viagem pela costa leste, paramos em Coffee Bay, uma
vilazinha a beira mar deliciosa. A vila é composta por alguns hostels,
uma mercearia e uma ou outra casa. É um bom ponto de parada para quem quer conhecer a
chamada “wild coast”, a região é ótima para fazer caminhadas e esquecer do carro por alguns dias. A estrada para chegar até lá é bem ruim, mas viável. Nós
passamos duas noites, e aproveitamos o dia para conhecer a principal atração de
Coffee Bay: “Hole in the wall” (ou buraco na parede). O Hole in the wall é
exatamente isso que você está pensando: um buraco numa muralha de pedra,
provavelmente formado pelas ondas do mar (“água mole em pedra dura tanto bate
até que fura”!). O caminho até lá é muito bonito e a vista do local é incrível! O único problema é o assédio dos “guias” que ficam oferecendo para vigiar o
carro, te levar até o local e por aí vai. Não é necessário guia até lá, o local
é acessível, mas é difícil estacionar sem ter que pagar. O que fizemos foi
tentar driblar os “guias” e ficar mais perto do carro mesmo. Saindo de lá paramos num
restaurante no meio do caminho, encomendamos nosso almoço e fomos fazer uma
pequena trilha.
De Coffee Bay deixamos a costa e fomos um pouco para dentro
do continente. Escolhemos como ponto de parada Addo, pois aqui está situado o
Addo Elephant National Park. Nós fizemos um safari no parque mas, apesar do
nome, não vimos nenhum elefante. Bom, uma coisa é importante saber sobre
safaris: ver animais é uma loteria! Alguns são mais fáceis, como antílopes e
zebras, mas os mais procurados são mais difíceis de serem vistos. O safari foi ao amanhecer e aproveitamos o resto do dia para
descansar. Ficamos hospedados em uma guesthouse muito charmosa, o que foi um
prato cheio para não fazer nada (na verdade, sempre aproveitamos dias assim
para colocar a viagem em dia)!
De volta ao litoral, paramos em Knynsa, uma cidadezinha
muito charmosa situada no início da famosa Garden Route. Knynsa é uma delícia,
pequenininha, rodeada de montanhas e com um lago (que na verdade é um braço de
mar) muito bonito. Logo que chegamos, aproveitamos para visitar a cidade e
almoçamos no Waterfront. Estava um dia lindo, e passamos o final da tarde por
ali mesmo.
No dia seguinte, fomos ao Knynsa Elephant Park, que é um
parque privado que cuida dos elefantes. Aí sim conseguimos ver os benditos! O
parque é interessante por ser um centro de pesquisa e cuidados, eles separam
alguns animais para que você tenha contato (pode dar de comer, toca-lo), mas a
maioria não tem contato com os turistas. Nós somos muito cautelosos com relação
a turismo e animais, procuramos sempre pesquisar e verificar se o local
realmente cuida dos bichos, se não há casos de maus-tratos. Saindo do parque dos
elefantes, fomos fazer uma trilha e fechamos nosso dia apreciando a vista do
mar e da cidade.
Nossa última parada antes de chegar a Cape Town foi Paarl, na
rota dos vinhos! Ficamos hospedados em uma fazenda de equitação, próxima a
várias vinícolas. A região é muito bonita (a Dri tem uma teoria que uvas para
vinho só crescem em lugares bonitos), e mesmo para os não apreciadores de vinho
é um passeio que vale a pena! Como chegamos já no final da tarde, fomos até uma
vinícola mais próxima de nossa guesthouse, e no final das contas era a mesma
vinícola que a Dri tinha visitado quando esteve por aqui em 2009. A vinícola já
estava fechada, mas o local se transformou num complexo com restaurantes,
pizzaria, cafeteria, sorveteira e chocolateria. Sentamos para comer uma pizza e
apreciar o fim de tarde espetacular.
No dia seguinte, fomos até Stellenbosch, que é outra cidade
da rota dos vinhos. A cidade também é muito charmosa e tem uma infinidade de
vinícolas para visita. Fomos até o centro de informações para pegar um mapa da
região e escolher alguma para visita. Nossa intenção era fazer uma visita
guiada pela vinícola, mas ao chegarmos na escolhida fomos informados que as
visitas só eram feitas com agendamento. Porém a ida à vinícola não foi perdida (no
final das contas acho até que foi mais gostoso), fizemos um pic nic delicioso e
passamos uma tarde maravilhosa! No final do dia seguimos viagem para Cape Town, onde ficamos por 5 dias (mais detalhes nos próximos posts!).
Não tínhamos muita coisa planejada ente Joanesburgo e Cape Town. Foi um roteiro montado ao longo do caminho, mas ficamos bem
satisfeitos com o resultados!
Aproveitando o colo de mãe! Museu do Apartheid
Passada rápida pelo Estádio Bloemfontein
Nosso tour frustrado nos mercados de Durban
A orla de Durban
O estádio de Durban
Coffee Bay
Hole in the wall
Nossa trilha
Addo Elephant Park (nada de elefantes)
Safari
Kudu
Almoço no Waterfront em Knynsa
Vista do Waterfront
Knynsa Elephant Park (agora sim)
Alimentando os bichos
Trilha pela floresta!
Vista de Knynsa
Fala se as uvas não são seletivas com relação aos lugares?!
Passeios por vinícolas são sempre lindos
Stellenbosch
Nada mal nosso pic nic, hein?!
O resultado do pic nic!
Nenhum comentário:
Postar um comentário