28 de abril de 2015

Cape Town

Cape Town é uma cidade "abençoada por Deus e bonita por natureza"! Montanhas + mar fazem uma combinação perfeita (hum, acho que já vi isso em algum lugar?!). A Table Mountain faz com que o cenário seja ainda mais bonito!
Nós alugamos uma casa bem aos pés da montanha, com uma vista linda para a cidade e localizada num bairro tranquilo. Em viagens de longa duração é bom ter um lugar com cara de casa, e principalmente ter alguns dias para deixar as mochilas, lavar a roupa, cozinhar...
Como sempre fazemos, aproveitamos o primeiro dia para explorar a cidade e iniciamos nossa visita pelo Waterfront. No caminho até o Waterfront não poderíamos deixar de passar pelo estádio, que também ficou muito bonito. Aliás, os estádios da África do sul, pelo menos os que vimos, ficaram muito legais, diríamos até mais legais que os nossos. O problema é que, assim como muitos dos nossos, são super estruturas sub utilizadas.
O Waterfront é demais. Restaurantes, bares, praças, shoppings fazem do Waterfront um lugar para todos e cheio de vida! A montanha de um lado, com a cidade aos seus pés, o mar do outro, com os barcos, e no meio de tudo isso prédios antigos e novos fazem com que o Waterfront seja tão apreciado! Nós passamos boa parte do dia ali, caminhando, passando por lojas... Descobrimos um mercado de comida muito legal, num antigo armazém restaurado. De lá tentamos ir subir a Table Mountain, mas tinham várias nuvens então fomos até a outra montanha, chamada "Cabeça do Leão". Fomos até o mirante ver a vista da cidade, que é sempre uma beleza a parte!
No outro dia a montanha também tinha nuvens, acontece um fenômeno muito engraçado, conhecido como "toalha da mesa" onde as nuvens ficam apenas em cima da montanha. Sem subida na montanha, fomos até o Cabo da Boa Esperança. O cabo fica a mais ou menos 60 km e a viagem até lá é muito bonita. No caminho passamos por uma praia para ver pinguins. Uma espécie de Projeto Tamar, mas ao invés de tartarugas são pinguins. De lá, seguimos para o cabo propriamente dito. Toda área do cabo faz parte do Parque Nacional da Table Mountain. Fomos até o cabo, tiramos foto na placa, fizemos algumas caminhadas, fomos até o farol. É uma região muito bonita, vale a visita!
No último dia da Maria Alice com a gente fomos para a Table Mountain. O dia estava lindo, sem nuvens, claro, perfeito para subir na montanha. Porém, a montanha estava fechada! Não contávamos com a astúcia do vento. Parece brincadeira, segunda vez que a Dri visita Cape Town e nada de visitar a Table Mountain! Enfim, não dá pra controlar o tempo... Sem Table Mountain, o Manu e a Maria Alice foram visitar o aquário de Cape Town, como a Dri já conhecia o local foi pra casa resolver burocracias. 
Para se despedir de Cape Town e da Maria Alice, fomos jantar no Waterfront debaixo de uma lua maravilhosa!
Nós ainda ficamos mais um dia na cidade, mas tivemos que mudar da casa para um hostel onde encontraríamos o pessoal do Overland, nossa próxima aventura na África!

O elefante albino de Cape Town 

 No Waterfront

Turistando em Cape Town 




 A "toalha" como é conhecida, sobre a Table Mountain
Vista do Waterfront


 Pinguins na praia








Tinha que ter muita coragem pra passar por aqui, 
num barquinho de madeira a 500 anos atrás 



Uma das frases do aquário de Cape Town 
(tem gente em Sao Paulo que anda pensando nisso,
mas assim que a água voltar, vai esquecer rapidinho)

Jantar de até logo

20 de abril de 2015

De Joanesburgo a Cape Town

Na África do sul recebemos uma visita especial: a Maria Alice, mãe do Manu, veio nos encontrar.
A princípio chegaríamos no mesmo dia a Joanesburgo com uma diferença de poucos minutos, mas o vôo dela teve um probleminha no Brasil e ela só podem decolar no dia seguinte com isso, ficamos um dia a mais em Joanesburgo. No primeiro dia não fizemos muita coisa além de dar entrada no visto para o Malawi. No segundo dia, buscamos a mãe do Manu no aeroporto e fomos visitar o Museu do Apartheid.
Joanesburgo é uma cidade grande, muito espalhada e sem muitos atrativos. Um dia ou dois são suficientes para a cidade. Como pontos principais para visita, destacamos o Soweto, a visita ao Museu do Apartheid, pelo menos uma passada pelo estádio de Bloemfontein. Nós visitamos o museu, passamos pelo Soweto e pelo estádio, e à noite jantamos na Mandela Square. A Mandela Square é um complexo de restaurantes, bares, shopping, e hotel. É uma boa opção para o jantar (não é muito para mochileiros, mas os preços são razoáveis).
No dia seguinte, tomamos nosso café da manhã e partimos em direção a Durban. Chegamos em Durban já de noite, nosso hotel estava bem localizado e com vista para o mar. Durban também é uma cidade grande, à beira mar e um dia é suficiente para visita-la. Nós tentamos fazer um tour por nossa conta por mercados locais, mas não fomos muito bem sucedidos. Almoçamos na orla, que foi totalmente revitalizada para a Copa de 2010 e é bem bonita. Infelizmente, Durban não é uma cidade segura e passamos por um pequeno assalto: estávamos voltando a pé para o hotel quando um homem puxou o colar que a Dri estava usando. Felizmente não foi algo traumático, nem sofremos maiores danos, mas vale a dica para quem deseja visitar a cidade: mantenha os olhos sempre abertos por lá e evite andar por ruas que não sejam as principais e fora da orla. A situação na África do sul é bem diferente da Ásia (pelo menos, por onde passamos). Nós não nos sentimos ameaçados em momento algum por onde andamos na Ásia, infelizmente não podemos dizer o mesmo daqui.
Nós também passamos pelo estádio de Durban, que ficou muito bonito. Visitamos só por fora, como era meio de semana estava fechado, mas aos sábados e domingos existem várias atividades disponíveis: você pode escalar o arco do estádio, saltar num swing e apreciar a vista da cidade. De qualquer maneira, valeu a visita.
Seguindo viagem pela costa leste, paramos em Coffee Bay, uma vilazinha a beira mar deliciosa. A vila é composta por alguns hostels, uma mercearia e uma ou outra casa. É um bom ponto de parada para quem quer conhecer a chamada “wild coast”, a região é ótima para fazer caminhadas e esquecer do carro por alguns dias. A estrada para chegar até lá é bem ruim, mas viável.  Nós passamos duas noites, e aproveitamos o dia para conhecer a principal atração de Coffee Bay: “Hole in the wall” (ou buraco na parede). O Hole in the wall é exatamente isso que você está pensando: um buraco numa muralha de pedra, provavelmente formado pelas ondas do mar (“água mole em pedra dura tanto bate até que fura”!). O caminho até lá é muito bonito e a vista do local é incrível! O único problema é o assédio dos “guias” que ficam oferecendo para vigiar o carro, te levar até o local e por aí vai. Não é necessário guia até lá, o local é acessível, mas é difícil estacionar sem ter que pagar. O que fizemos foi tentar driblar os “guias” e ficar mais perto do carro mesmo. Saindo de lá paramos num restaurante no meio do caminho, encomendamos nosso almoço e fomos fazer uma pequena trilha.
De Coffee Bay deixamos a costa e fomos um pouco para dentro do continente. Escolhemos como ponto de parada Addo, pois aqui está situado o Addo Elephant National Park. Nós fizemos um safari no parque mas, apesar do nome, não vimos nenhum elefante. Bom, uma coisa é importante saber sobre safaris: ver animais é uma loteria! Alguns são mais fáceis, como antílopes e zebras, mas os mais procurados são mais difíceis de serem vistos. O safari foi ao amanhecer e aproveitamos o resto do dia para descansar. Ficamos hospedados em uma guesthouse muito charmosa, o que foi um prato cheio para não fazer nada (na verdade, sempre aproveitamos dias assim para colocar a viagem em dia)!
De volta ao litoral, paramos em Knynsa, uma cidadezinha muito charmosa situada no início da famosa Garden Route. Knynsa é uma delícia, pequenininha, rodeada de montanhas e com um lago (que na verdade é um braço de mar) muito bonito. Logo que chegamos, aproveitamos para visitar a cidade e almoçamos no Waterfront. Estava um dia lindo, e passamos o final da tarde por ali mesmo.
No dia seguinte, fomos ao Knynsa Elephant Park, que é um parque privado que cuida dos elefantes. Aí sim conseguimos ver os benditos! O parque é interessante por ser um centro de pesquisa e cuidados, eles separam alguns animais para que você tenha contato (pode dar de comer, toca-lo), mas a maioria não tem contato com os turistas. Nós somos muito cautelosos com relação a turismo e animais, procuramos sempre pesquisar e verificar se o local realmente cuida dos bichos, se não há casos de maus-tratos. Saindo do parque dos elefantes, fomos fazer uma trilha e fechamos nosso dia apreciando a vista do mar e da cidade.
Nossa última parada antes de chegar a Cape Town foi Paarl, na rota dos vinhos! Ficamos hospedados em uma fazenda de equitação, próxima a várias vinícolas. A região é muito bonita (a Dri tem uma teoria que uvas para vinho só crescem em lugares bonitos), e mesmo para os não apreciadores de vinho é um passeio que vale a pena! Como chegamos já no final da tarde, fomos até uma vinícola mais próxima de nossa guesthouse, e no final das contas era a mesma vinícola que a Dri tinha visitado quando esteve por aqui em 2009. A vinícola já estava fechada, mas o local se transformou num complexo com restaurantes, pizzaria, cafeteria, sorveteira e chocolateria. Sentamos para comer uma pizza e apreciar o fim de tarde espetacular.
No dia seguinte, fomos até Stellenbosch, que é outra cidade da rota dos vinhos. A cidade também é muito charmosa e tem uma infinidade de vinícolas para visita. Fomos até o centro de informações para pegar um mapa da região e escolher alguma para visita. Nossa intenção era fazer uma visita guiada pela vinícola, mas ao chegarmos na escolhida fomos informados que as visitas só eram feitas com agendamento. Porém a ida à vinícola não foi perdida (no final das contas acho até que foi mais gostoso), fizemos um pic nic delicioso e passamos uma tarde maravilhosa! No final do dia seguimos viagem para Cape Town, onde ficamos por 5 dias (mais detalhes nos próximos posts!).


Não tínhamos muita coisa planejada ente Joanesburgo e Cape Town. Foi um roteiro montado ao longo do caminho, mas ficamos bem satisfeitos com o resultados!

Aproveitando o colo de mãe! Museu do Apartheid

Passada rápida pelo Estádio Bloemfontein

Nosso tour frustrado nos mercados de Durban 

A orla de Durban

O estádio de Durban

Coffee Bay

Hole in the wall


Nossa trilha

Addo Elephant Park (nada de elefantes)

Safari

Kudu

Almoço no Waterfront em Knynsa

Vista do Waterfront

Knynsa Elephant Park (agora sim)


Alimentando os bichos

Trilha pela floresta!

Vista de Knynsa

Fala se as uvas não são seletivas com relação aos lugares?!

Passeios por vinícolas são sempre lindos




Stellenbosch

Nada mal nosso pic nic, hein?!

O resultado do pic nic!

19 de abril de 2015

Pagando as contas: Hong Kong

Pra começar, tivemos muita sorte ao conseguir um couchsurfing em Hong Kong, sem o qual nossas contas certamente teriam sido seriamente impactadas por conta dos elevadíssimos custos de acomodação apresentados pelo país. Com isso acabamos economizando aproximadamente 22% da previsão para o período. Gastamos exatos US$ 312,09, frente aos US$ 400,00 previstos.

Gráfico meio inútil pra quem vê, mas é de onde tiramos os dados acima

Devemos apontar para o fato de que devido a um ligeiro descompasso entre o itinerário planejado e executado (prevíamos estar na Mongólia durante esses dias que passamos em Hong Kong) estivemos trabalhando com um budget previsto de US$80,00/ dia / casal, enquanto que o gasto previsto para Hong Kong propriamente dito seria de US$ 77,88.
Nossas contas só não foram melhores devido a um pequeno imprevisto: O Manu deixou o nosso HD externo contendo todas as fotos e registros da viagem cair no chão e tivemos que comprar outro no valor de US$ 66,09 para substituí-lo. Esse valor aparece nas contas do dia 18/03, conforme pode-se ver no gráfico abaixo, referente aos nossos gastos diários (linha azul).

Tirando o imprevisto, ficamos bem abaixo do previsto para o período

Outros gastos bastante impactantes foram o custo dos tickets de trem que sai da China em direção a Hong Kong (os dois tickets nos custaram o equivalente a US$ 51,46) e o preço de aquisição do passe de transporte público de Hong Kong (nos custaram o equivalente a US$ 41,49 ambos, sendo que US$ 10,00 somados ao saldo daquilo que não gastássemos seriam reembolsados, o que no nosso caso ficou próximo a US$ 15,00). 
Assim, nosso gráfico de distribuição de gastos acabou por apresentar uma divisão nos gastos basicamente entre os itens alimentação, transporte e outros (este último representado pelo HD destruído pelo Manu).



E última análise, nossa margem entre os gastos previstos e o realizado acabou subindo de maneira bem tímida, indo de 6,93% para 7,12%, ou seja, um bom negócio, além de uma fantástica experiência em conhecer aquele que talvez seja o mais ocidental dos países do oriente.

Desta vez tivemos uma ligeira recuperação de nossa margem