28 de agosto de 2014

Os preparativos: desmontando a casa!

Se montar o roteiro é a parte mais difícil, desmontar a casa é a mais trabalhosa! Acho que estamos desde Maio retirando coisas de casa (e olha que nós não somos acumuladores!). 
Desde o início, nossa ideia era alugar o apartamento mobiliado e por sorte conseguimos inquilinas muito queridas, que temos certeza que irão cuidar de nossa casinha com muito amor e carinho!

Nossa querida inquilina planejando um Openhouse, hahaha! 

De qualquer maneira, os objetos pessoais, utensílios de cozinha e os itens de decoração iriam sair da casa. Além disso, alguns móveis também tiveram que encontrar um lar provisório (mas também temos certeza que estarão muito bem cuidados).

Algumas caixas a caminho dos lares provisórios

Decidimos dividir nossas coisas entre as casas de nossos pais, mas no final acabamos espalhando pelo Brasil! Um tanto ficou nos pais do Manu em São Paulo, um outro tanto nos pais da Dri em Goiás, algumas malas na casa da vó da Dri em Minas, alguns quadros, DVDs e livros na casa do irmão da Dri no Paraná, uma mesa e a máquina de lavar na vó do Manu em São Paulo, uma poltrona na casa do irmão do Manu em São Paulo, além de um sofá na casa de amigos queridos também em São Paulo! Acabamos setorizando o que ficou em cada lugar e na volta vamos ter que passear um pouquinho pra recolher as coisas!
Esvaziar a casa faz parte do processo da viagem. É parte do desapegar, do dizer "até logo", de doar e mais uma vez, de praticar o exercício do essencial. Mesmo não sendo acumuladores, descobrimos que temos coisas demais, que na maioria das vezes ficam guardadas e esquecidas em algum canto. Mexer nisso tudo renova a energia, não só da casa, mas de nós mesmos! Quando terminamos de tirar os quadros e as fotografias das paredes a Dri ficou emocionada e até chorou um pouquinho.

Sem fotos e quadros nas paredes

A partir de sábado nosso apartamento estará em outras mãos e nossa nova casa será o mundo! Ao longo do próximo ano teremos muitas casas, em muitos lugares diferentes, mudando conforme a direção do vento. E que os bons ventos soprem para bons lares!

26 de agosto de 2014

Os preparativos: as malas

Uma das perguntas que sempre nos fazem é: "mas e as malas?", ou então: "e quantas roupas vocês vão levar?". Muita gente tem curiosidade e até dificuldade em administrar a mala. No caso de uma volta ao mundo vale lembrar que "menos é mais". Sim, você vai carregar a sua mala por um ano, passando por diversas situações e meios de transporte diferentes. Então, na hora de preparar a sua bagagem lembre-se sempre que cada item a mais vai pesar nas suas costas.
Organizar uma mala de volta ao mundo não é um bicho de sete cabeças, mas tem que ter um certo desapego e só colocar o essencial. E quando eu, Dri, digo essencial é só o essencial mesmo! Talvez para os homens seja mais fácil, afinal como diz o Manu: "calça é calça, não existe calça de sair, calça básica, etc". Mas para as mulheres é um exercício um pouco mais difícil.
Um dos fatores que influenciam muito no volume da mala é o tempo. Viajar evitando o inverno diminui muito o volume da mala (pense bem, se você viajar apenas no verão, praticamente não precisa levar mais que biquíni, chinelos e canga! Já no inverno…). 

Bom, pra facilitar enumerei algumas dicas que podem ajudar na arrumação da mala:

1. Coloque todas as roupas que queira levar em cima da cama e verifique se elas combinam entre elas. Veja se as roupas são versáteis, se são adaptáveis à vários climas e se são confortáveis! 

Primeira tentativa de levar somente o essencial

2. Coloque as roupas selecionadas dentro de sua mala ou mochila, agora corte boa parte delas. sim, é isso mesmo! Corte boa parte das roupas que você pensou em levar, no final da viagem você vai perceber que poderia ter levado até menos (faça um mantra, repita comigo: "somente o essencial").

3. Depois que você cortou boa parte das roupas e arrumou a mochila de novo, fique caminhando pela casa com a mochila durante uma meia hora. Se estiver Ok, ótimo! Se não, faça um novo corte. 

4. Diminua os frascos da necessaire. Pode parecer besteira, mas economiza um super espaço! Tente escolher potinhos pequenos, ou miniaturas de seus produtos favoritos. É importante ser criterioso na hora de selecionar os produtos, lembre-se sempre: somente o essencial (mantra!). 

São todos miniaturas!

5. Esqueça saltos e roupas de balada, eles não são essenciais e só vão pesar na suas costas. Se você precisar muito de uma roupa mais fina é mais comprar no lugar onde você estiver do que ficar carregando algo que usará somente uma vez! Sempre existe a possibilidade de comprar algo. Por exemplo, nós estamos planejando visitar a Mongólia no meio da viagem e lá é muito frio. Não estamos levando casacos e roupas pesadas daqui, chegando lá compraremos algo para utilizar durante nossa estadia e depois ou mandamos pro Brasil ou então deixamos por lá mesmo. Mas carregar casacos que iremos usar somente numa determinada época não dá.

6. Aproveite a oportunidade para pensar no que você realmente precisa. Sempre temos um monte de roupa no armário que não usamos, então será que precisamos de tudo isso pra viver? Desapegue! Reavalie e aproveite a oportunidade até para doar aquilo que você não uso (vai por mim, se uma peça está a mais de um ano no armário e sem uso, pode dar um fim porque você não vai usa-la!). Quem sabe viajando mais leve você descobre que pode viver mais leve!

Minha mala ficou assim:
1 Calça de malha preta;
1 Calça jeans (estou avaliando esta);
1 Calça que vira bermuda;
1 Legging preta;
1 Legging térmica;
2 blusas térmicas;
2 blusas de  algodão com manguinha;
2 camisetinhas dry fit;
2 regatas;
1 saia;
2 malhas;
2 casaquinhos;
1 macaquinho de malha;
1 short;
1 pijama;
1 blusa de frio;
1 casaco de frio;
1 camisa jeans;
7 calcinhas;
2 sutiãs;
2 biquínis;
1 canga.
(Depois que escrevi o post, comecei a pensar em rever minha mala e retirar alguma coisa daí!).

Todas as peças combinam entre si e quase todas posso utilizar em qualquer estação. 

O resultado final das malas:

Teste malas: check!

25 de agosto de 2014

A República Dominicana na saúde e na doença

Calma, calma pessoal! Nós não ficamos doentes na viagem, ufa! Mas tivemos um episódio, que depois que deu tudo certo, até que foi engraçado.
Bem, saímos da península de Sámana em direção à Santo Domingo. Muita gente não acha graça na cidade, mas queríamos muito conhecer a primeira capital das Américas. Logo na chegada estouramos dois pneus, affe. Levando em consideração a quantidade de buracos pelos quais passamos, até que não foi tão ruim assim. Por sorte, logo em seguida parou uma patrulha da polícia que nos ajudou, não só com a troca dos pneus, mas também nos levou para arruma-los. Como era um domingão à tarde, só conseguimos arrumar um pneu e deixamos pra comprar outro no outro dia.
Seguimos em busca da nossa hospedagem. Pela primeira vez, iríamos utilizar o Couchsurfing como surfers (hóspedes). Depois de ficar dando voltas e voltas pelo quarteirão, encontramos o prédio. Nosso anfitrião, Hector, é um dominicano disposto a ajudar, dar dicas sobre a cidade, contar onde estão as melhores baladas de Santo Domingo e acompanhar também! Ele até nos convidou para ir num festival, mas já tínhamos compromisso. 

Hector: nosso hoster, guia e consultor para troca de pneus

A Dri tem um primo que está morando em Santo Domingo, que fez questão de nos levar para jantar e nos contar um pouco de como é viver lá (se não fosse a volta ao mundo acho que ele teria nos convencido a ir morar lá!).

Um dos melhores risotos que já comemos! Valeu, Gui!

Santo Domingo é uma cidade interessante, uma cidade de contrastes. Existe uma parte bem rica, muito influenciada pela cultura americana e que oferece de tudo. Por outro lado a maior parte da cidade é bem pobre. Os carros ou são de luxo ou estão caindo aos pedaços (literalmente). 

Vai de táxi?

A foto acima é de um carro público, que funciona entre o ônibus e o táxi. Os carros públicos possuem uma rota definida e você tem que esperar encher para ir até seu destino (isso se ele não desmanchar no meio do caminho, pois todos apresentam o estado de conservação muito similar ao da foto!). 
A parte antiga da cidade, o chamado Centro Colonial, está passando por diversas restaurações. A praça onde está a primeira Catedral está bem conservada, assim como seu entorno imediato, mas não espere encontrar uma conservação européia (achamos muito similar ao centro de São Paulo). Existem vários guias da prefeitura que ficam te abordando para fazer passeios, nós não tínhamos muito tempo e acabamos andando por conta própria. A Catedral também está em processo de restauração da fachada, mas seu interior está muito bem conservado (deve ter passado por algumas reconstruções). A entrada é paga e você compra o ticket de visitação na área da Catedral (ah! para entrar na Igreja o short, saia ou bermuda tem que ser abaixo do joelho, senão eles emprestam algo para vestir. Nós não sabemos ao certo porque não pagamos para entrar na casa de Deus, demos uma espiadinha apenas!).
Gostamos muito da visita a Santo Domingo. Até então as referências que ouvimos da cidade não tinham sido as melhores, mas nos surpreendeu em vários aspectos. É como qualquer cidade grande da América Latina, têm seus problemas (trânsito caótico, sensação de insegurança) e discrepâncias, mas também tem seu charme. Se você quer de fato saber como é a cultura dominicana, como eles vivem, Santo Domingo é o lugar. Talvez por representar mais da metade da população do país, Santo Domingo possui em suas ruas a veia pulsante e "dançante"do dominicano. Em nossa opinião, é onde mais se pode ter o contato com a cultura local.


22 de agosto de 2014

A República Dominicana na alegria e na tristeza

Saímos do Resort em direção ao nosso próximo destino. Escolhemos explorar a parte nordeste da ilha, península de Sámana. O Google Maps nos indicou uma estrada, mas resolvemos fazer um caminho alternativo. Resultado: havia um desvio no meio da estrada, no meio da estrada havia um desvio.  Só para terem uma ideia rodamos 80km em 2 horas! Alternando alguns trechinhos de estrada nova com vários trechos sem asfalto, no meio das aldeias e muitos, mas muitos buracos. Isso sem contar as lombadas (ou quebra-molas) que mais pareciam trincheiras, cada uma era um mini morro a ser escalado. Você deve estar aí pensando que fizemos tudo isso num carro 4x4, certo? Na verdade fizemos melhor: rodamos num carro alugado, um Picanto caindo aos pedaços! 

Melhor que 4x4, só carro alugado!

Agora sim a viagem estava com a nossa cara! Apesar dos buracos, e de muitas vezes acharmos que o carro ia ficar no meio do caminho, foi muito interessante e também muito bonito o caminho que fizemos. Acompanhamos desde o final do expediente numa plantação de arroz, até o início dos happy hours e posteriormente, as baladas propriamente ditas (os dominicanos são muito festivos e pelo jeito gostam da sexta-feira). Observamos as pessoas nas vilas mais remotas e nos sentimos meio E.T.s, porque as pessoas nos olhavam bastante, diria até com uma certa curiosidade. Notamos alguns costumes dos dominicanos, como por exemplo, sentar com as cadeiras na calçada, olhar o movimento da rua, jogar dominó, baralho, sinuca... Até então estava divertido, apesar da péssima qualidade das estradas, o caminho era bonito e foi legal ver o anoitecer nas vilas, o problema é que anoiteceu e nós estávamos no meio do nada, sem celular, sem GPS, sem asfalto, olhando os mapas salvos em PDF no computador. Nessa hora a gente reza pra que tudo dê certo e vai embora. Por sorte, resolvemos pedir informação numa das vilas e a indicação foi: pegue a estrada principal (como não havíamos pensado nisso antes, não é mesmo?!). OK! Nos livramos dos buracos e chegamos ao nosso destino, torcendo para que tudo desse certo porque descobrimos que o check-in na pousada que havíamos reservado era até às 22:00 e já era 1:30 da madruga. Por sorte José, o anjo protetor dos viajantes, e que faz bico de jardineiro na pousada, estava por lá e nos recebeu. Ficamos tão felizes que abraçamos o José e agradecemos muito (acho que ele pensou que a gente não batia muito bem da cabeça). Os bons ventos sopraram a nosso favor!
Conclusão: aceite a sugestão do Google! E se vai viajar de carro da Rep. Dominicana prepare-se para as estradas, e para os demais motoristas (mas o trânsito fica para um outro post).

Las cucarachas

Você chega no seu hotel/ pousada fora do horário do check-in e tem alguém pra te receber, opa estamos com sorte, certo?! Você olha para o lugar que é um charme, madeira, sapê, no meio de praias lindas, opa estamos com sorte! Você chega no quarto e é super simpático, opa estamos com sorte! Seu marido olha pro lado e fala: ops, uma barata, ixi outra, ai, mais uma! Cadê a sorte????  E aí? O que fazer? Bom, nós já havíamos viajado por 9:30, estávamos mortos, não tinha nada nas proximidades, o que nos restou foi dormir com nuestras amigas cucarachas! Eu, Dri, tenho pânico de baratas, mas o que eu podia fazer naquele momento? Com certeza, durante o próximo ano vamos enfrentar muito mais que baratas, e como li uma vez: “por mais asquerosas que sejam as baratas não podem nos causar danos físicos”. Então meu amigo, numa situação como essa o máximo que dá pra fazer é dormir de luz acesa e rezar pra que não apareça mais nenhuma. Acabei descobrindo que maior que meu pânico é meu sono! No dia seguinte, conversamos com a dona da pousada, que ficou morrendo de sem graça, mas nos arrumou um poderoso inseticida que deu cabo nas nossas amigas (pelo menos, não vimos nem rastro delas, só umas aranhinhas mortas). Ficamos duas noites na pousada e tudo correu bem, não podemos deixar que algumas baratinhas estraguem nosso passeio. No fim das contas, ficar na natureza é assim temos que lidar com os bichos que estão nela!
Curiosidade: dormi as duas noites com a música na cabeça: “encontrei uma barata na cozinha, eu olhei pra ela, ela olhou pra mim, ofereci a ela um pedaço de pudim, ela disse: sim vem cá ficar comigo…” (se você não riu da música, é culpa da sua idade vai lá e procura no Google).

A Península de Sámana

Mesmo com 9:30 de estrada e mais uma noite com baratas valeu muito a visita à Las Galeras, em Sámana. Uma pena não termos tido tempo para ficar mais. Lá é daqueles lugares em que você chega e quer ficar vendo o tempo passar. É menos esquema resort e mais contato com natureza e nativos. Visitamos duas praias: Rincón e Playita. La playita estava muito pertinho da nossa pousada, distância para ir à pé. A praia é bem calminha, e tem uma “infraestrutura” de restaurante (na verdade tem dois restaurantes). Experimentamos um prato típico, muito similar a nossa moqueca de peixe.  Já Rincón fica a uns 20 min de carro e é deslumbrante! A praia tem uns 6 km de extensão e você pode cruzá-la de carro no meio dos coqueiros. Atenção, dica local: por mais tentador que seja, não pare no meio do caminho! É deixar o carro parado para ir dar um pulo no mar e ser roubado. Calma, não vai ser assaltado, mas têm um monte de gente que fica escondida no matagal só esperando o turista dar bobeira para roubar as coisas dentro do carro. Siga até uma das pontas e pode parar sem problemas. As duas pontas da praia têm estacionamento e também uns restaurantes (ou botequinhos de madeira). Na ponta esquerda da praia (pra quem olha para o mar) tem um riacho e existem passeios de barco pelo rio. Nós não fizemos porque queríamos ficar mais de bobeira mesmo, curtindo o sol  e tomando uma cervejinha.


Êeee vidão!

Sem dúvida nenhuma a praia de Rincón foi um dos pontos altos da viagem e recomendamos a visita. A península toda nos encantou e se tivéssemos mais tempo ficaríamos mais uns dias por lá. Mas o vento soprou e nos levou à primeira cidade das Américas: Santo Domingo!

21 de agosto de 2014

A República Dominicana na riqueza e na pobreza

Com tanta coisa a fazer já estávamos cansados e resolvemos tirar "umas férias", afinal de contas ninguém é de ferro.  Nossas férias antes da volta ao mundo foram na República Dominicana. Na verdade, fomos até lá por um motivo muito especial: o casamento do irmão do Manu, já agendado há muito tempo. Lá tivemos experiências muito opostas, que nos lembraram os votos do casamento: na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença…

O casamento aconteceu em Punta Cana num Resort, o que para nós foi uma experiência interessante e agora podemos dizer nossas impressões sobre o sistema “All inclusive”, o favorito de 11 entre 10 americanos! Sem dúvida nenhuma o mundo dos Resorts All inclusive é um mundo a parte. A infraestrutura montada é impressionante, tudo foi pensado para você se divertir e passar bons momentos lá dentro. Ponto negativo: por ser um mundo a parte, em que você fica dentro de um sistema fechado, você acaba não tendo ideia do que realmente acontece fora. Para nós, parte da graça de viajar está em conhecer não só o lugar, mas as pessoas daquele lugar, a comida, a música, a cultura... Num sistema All inclusive você vivencia o Resort e todas as atividades que são oferecidas, porém não vivencia o lugar onde está. Por outro lado, se sua ideia é descansar, não pensar em nada, comer e beber até morrer,  não ter preocupações, acreditamos que os resorts são a opção perfeita. As atrações agradam gregos e troianos, crianças e velhos, jovens e adultos, tudo All inclusive! Se viaja com crianças, consideramos uma ótima opção de férias e descanso.

Fala sério, vai reclamar dessa vida?!

Em Punta Cana, particularmente, fugir do esquema All inclusive é um pouco difícil. Nós tentamos, nos hospedamos num Hostel (nothing inclusive!) nas duas primeiras noites. Primeiro problema, se você está fora do resort e deseja se encontrar com quem está lá dentro vai ter uma certa dificuldade na portaria. Uma vez estando lá dentro, você é capaz de ficar morando sem que notem sua presença, mas infiltrar no sistema é um pouco difícil. Além disso, os resorts tomam boa parte do acesso à praia. São poucas ruas que permitem que você chegue à praia, o resto é tomado pelos resorts. Então se for ficar no esquema “nothing inclusive” preste bem atenção na localização, veja se o acesso à praia é tranquilo e leia sempre as referências (nós usamos muito o Trip Advisor e o Booking). O hostel que ficamos era bem localizado, com muitos restaurantes próximos e tinha fácil acesso à praia. Nos enganou um pouquinho em relação às fotos que estavam no site. Limpeza e manutenção não são o forte da República Dominicana, mas dava pra dormir sem pernilongo (ufa!). Uma opção para diminuir os custos de hospedagem e ainda aproveitar das comodidades de um resort, é buscar um hostel, ou coisa parecida, e passar o dia em algum resort com um Day Pass. Nós utilizamos o Day Pass por um dia e nos custou US$ 90,00 por pessoa. O Day Pass, geralmente, vale das 9:30 da manhã às 18:00 e você pode chegar cedo e aproveitar o café da manhã, além de disfrutar de tudo que o resort oferece.
Conclusão de nossa experiência “All inclusive”, valeu a pena? Absolutamente! Não temos do que reclamar, foi tudo perfeito! Voltaríamos? É claro que voltaríamos!  Mas por hora, não. E não é porque a experiência não tenha sido boa, mas nosso esquema de viagem é um pouco diferente. Nós gostamos de explorar os lugares, amamos o Couchsurfing, não temos filhos, somos novos, adoramos provar comidas locais, e no momento (a não ser que a Megasena mude isso) a diária num resort é bem maior que nosso budget de viagem.

Os preparativos: cuidando da saúde


Este é um passo importantíssimo nos preparativos da viagem, mas que muitas vezes acaba esquecido. Muita gente lembra do seguro viagem, que é muito importante e para visitar muitos países é até obrigatório, mas esquece da prevenção, que como diria a sua avó: "a prevenção é o melhor remédio"!

Em nossas pesquisas acabamos descobrindo (através do blog Quatro cantos do mundo) a Medicina do Viajante. O Núcleo de Medicina do Viajante do Instituto Emílio Ribas é um serviço do SUS em São Paulo e nós só temos elogios a fazer. Você agenda uma consulta através do e-mail agendamento@emilioribas.sp.gov.br, em caso de dúvida o telefone para contato é (11) 3896-1400. Nós enviamos um e-mail e em uma semana lá estávamos conhecendo o Dr. Jessé, a Emília e a Medicina do Viajante. Você preenche seu cadastro com lista de países que irá visitar e o Dr. Jessé irá te dar uma aula sobre doenças, prevenção, além de prescrever todas as vacinas necessárias para a viagem. O Dr. Jessé também nos passou uma lista básica de medicamentos para uma farmacinha emergencial. Saímos de lá e começamos a maratona de vacinas, no final era tanta vacina que tivemos que anexar mais um cartão vacinação. É importante lembrar que algumas vacinas (como a Hepatite B) são aplicadas em mais de uma dose, e o intervalo pode ser de até 6 meses. Portanto, tente agendar uma primeira consulta com um intervalo suficiente para as vacinas. Outra informação importante é sobre a vacina de Febre Amarela, você deverá trocar o certificado por um internacional. A troca pode ser feita nos aeroportos, nos postos da ANVISA. Maiores informações você encontra no site da ANVISA. Ah! Existe Medicina do Viajante ao redor do mundo é a International Society of Travel Medicine.

Além da consulta na Medicina do Viajante, nós fizemos um check-up geral e uma visita ao dentista. Para mulheres, aproveite a visita anual ao ginecologista, tire todas suas dúvidas e peça exames mais detalhados (claro, o médico que sabe quais exames são necessários). 

Para fechar a lista e viajar tranquilo, é importante (e em alguns países, obrigatório) fazer um seguro viagem. Existem várias seguradoras que fazem este tipo de seguro, mas preste muita atenção no período de cobertura, que é o fator determinante no preço. Depois de muita pesquisa e algumas cotações pela internet, pedimos uma cotação para nosso corretor de seguros (é… esse mesmo, o cara que faz o seguro do seu carro!). No nosso caso o melhor preço foi da Porto Seguro. Queremos ressaltar que o valor final varia de acordo com o perfil do viajante e da viagem. Vale lembrar também que os seguros, em geral, cobrem danos em caso de extravio de bagagem, pergunte ao seu corretor.

Imunizados, informados e prevenidos partiremos pensando em não ter que utilizar o seguro! Claro que uma dor de barriga aqui outra na Índia nós já estamos conformados, o importante é minimizar os danos. E que os bons ventos soprem a nosso favor!

Os preparativos: terceiro passo

Você já teve a coragem de tomar a decisão, definiu (ou pelo menos, tentou) o roteiro, agora é o que chamamos de terceiro passo: passagens e dinheiro.

Passagens: Vencida a parte do roteiro, o segundo passo são as passagens. Depois de muito pesquisar, decidimos comprar uma passagem de volta ao mundo, vendida pelas alianças das companhias aéreas. Como comentado no post anterior, as três grandes alianças possuem esse tipo de passagem. As regras variam um pouco de uma pra outra, mas basicamente você precisa dar a volta no globo num mesmo sentido (ou seja, se você sair do Brasil no rumo da Austrália deve caminhar sempre para Oeste, e vice-versa) e tem mais ou menos 1 ano para voar todos os trechos. Nós optamos pela Oneworld, foi a que melhor combinou nosso itinerário x preço. Abaixo seguem os sites das alianças, elas permitem que você faça simulações de vôos e preços (os preços são bem próximos da realidade e as tarifas não sofrem variações em função da demanda e/ou época do ano, pode confiar!):

Por ser nossa primeira volta ao mundo (sim, nós nem viajamos e já estamos pensando nas próximas!) decidimos comprar a passagem de volta ao mundo. Pontos positivos: o custo x benefício é bom e facilita o planejamento. O ponto negativo é que a viagem fica um pouco engessada, mas tentamos deixar um espaço grande entre os locais para eventuais mudanças de planejamento. 

Grana: Se você pensa que dar a volta ao mundo é coisa de milionário está redondamente enganado! Não, nós não ganhamos na Megasena, nem assaltamos o banco, nem recebemos a herança de uma tia distante que não tinha pra quem deixar a fortuna! Sim, nós fizemos um planejamento, guardamos dinheiro e vamos viajar com um orçamento restrito, mas beeeem viável. Vou explicar, o estopim da nossa decisão foi um dia que lemos uma reportagem que dizia mais ou menos assim: "Brasileiros dão a volta ao mundo pelo valor de carro popular" (http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/05/1281186-brasileiros-dao-a-volta-ao-mundo-em-bem-mais-de-80-dias.shtml). Opa! Vamos vender o nosso carro e viajar! Começamos a pesquisar e percebemos que a viagem iria caber no nosso bolso. Fechamos nosso orçamento em US$ 80,00 por dia o casal (este é um valor médio, pois existem países mais caros e mais baratos). E você nos pergunta, de onde saiu este valor? Basicamente, utilizamos duas fontes:
Com base nas duas fontes montamos nossa planilha de orçamento e estamos, desde já, contabilizando todos os gastos com a viagem (incluindo mochilas, roupas, câmeras, etc). A planilha também será nosso controle diário. Acreditamos que a volta ao mundo é possível e um planejamento bem pensado viabiliza qualquer viagem. Claro que cada caso é um caso, cada um tem o seu próprio sonho de viagem e seu próprio bolso, mas sempre queremos que a viagem caiba no nosso orçamento e não o contrário. Assim, podemos seguir pra onde o vento nos levar...

20 de agosto de 2014

O roteiro

Depois de tomada a decisão de dar a volta ao mundo vem a parte que consideramos mais difícil: definir o roteiro. Quando você tem o mapa mundi aberto e pode visitar todos os lugares, você descobre que montar o roteiro para um ano não é nada simples. Existem muitos países, muito lugar pra visitar e mesmo viajando por um ano, ou mais, muita coisa vai ficar pra trás. Para facilitar a montagem do roteiro é importante definir uma estratégia de viagem. Aqui vão algumas dicas que utilizamos para definir nossa estratégia de viagem e montar nosso roteiro:
  1. Enumere os locais que quer conhecer em ordem de prioridade e veja como viajar entre eles;
  2. Pense nos fatores climáticos: estações do ano (viajar no verão requer menos roupas do que no inverno), estações chuvosas (ninguém quer pegar as monções na Ásia), temporadas de tornados, etc;
  3. Escolha um critério de seleção de países (no nosso caso, elegemos países que seriam mais difíceis de visitar com crianças pequenas);
  4. Escolha países mais baratos (se você tem um orçamento ilimitado, pule esta dica);
  5. Defina o seu meio de transporte. Se você escolher ir de avião pode optar por comprar uma passagem de volta ao mundo (vendida pelas alianças - Star Alliance, One world ou Skyteam) ou ir comprando os trechos aos poucos. As passagens de volta ao mundo têm algumas regras que também auxiliam na montagem do roteiro;
  6. Gaste um tempo fazendo simulações de roteiros (você pode fazer simulações pelos sites da Star Alliance e One world) e mesmo com tudo pronto tenha certeza de que vai mudar!
Fizemos várias simulações do nosso roteiro, colocamos e tiramos países e o nosso resultado foi o seguinte: 


Além do mapa, montar o itnerário em excel nos ajudou bastante, além de indicar as temperaturas, melhor época de casa país, ainda colocamos algumas observações como a necessidade de visto e/ou exigências de entrada. Nós utilizamos como modelo a planilha do kiki (http://kikiaroundtheworld.com/planejando-a-viagem/definindo-o-roteiro/).

Bom, nosso roteiro inicial está aí mas nada impede que os ventos soprem para outros lugares e nos levem junto!

11 de agosto de 2014

Por que dar a volta ao mundo?



Nossa resposta é: por que não dar uma volta ao mundo? O vídeo acima é uma amostra das viagens que fizemos juntos: Chile, Nova Zelândia, República Tcheca, Portugal e Açores, Chapada dos Veadeiros e Penedo. Nós sempre voltávamos das férias com um gostinho de quero mais, uma impressão de que os 20 dias não foram suficientes para tudo que gostaríamos de fazer. Fizemos algumas contas e chegamos à conclusão de que para visitar tudo que queríamos com apenas 20 dias por ano precisaríamos de umas 10 encarnações! A única maneira de abreviar a nossa vontade era aumentar o número de dias de férias. A volta ao mundo é um sonho que fica ali guardado e de repente descobrimos que é possível. E foi assim que um dia decidimos marcar a nossa. É claro que a decisão não foi tomada da noite para o dia. Foi um ano inteiro de preparativos e pesquisa. Pesquisamos muito, preparamos nosso bolso, pensamos nos detalhes e mesmo assim partiremos com a consciência (e torcendo) de que no nosso caminho surpresas irão acontecer e de que o vento nos levará para outros caminhos….
A ideia do nosso blog é, além de manter nossos parentes e amigos atualizados, contar um pouco da nossa experiência,  dar algumas dicas que esperamos que sejam úteis e, quem sabe, inspiradoras!

E vamos para onde o vento nos levar….