21 de agosto de 2014

A República Dominicana na riqueza e na pobreza

Com tanta coisa a fazer já estávamos cansados e resolvemos tirar "umas férias", afinal de contas ninguém é de ferro.  Nossas férias antes da volta ao mundo foram na República Dominicana. Na verdade, fomos até lá por um motivo muito especial: o casamento do irmão do Manu, já agendado há muito tempo. Lá tivemos experiências muito opostas, que nos lembraram os votos do casamento: na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença…

O casamento aconteceu em Punta Cana num Resort, o que para nós foi uma experiência interessante e agora podemos dizer nossas impressões sobre o sistema “All inclusive”, o favorito de 11 entre 10 americanos! Sem dúvida nenhuma o mundo dos Resorts All inclusive é um mundo a parte. A infraestrutura montada é impressionante, tudo foi pensado para você se divertir e passar bons momentos lá dentro. Ponto negativo: por ser um mundo a parte, em que você fica dentro de um sistema fechado, você acaba não tendo ideia do que realmente acontece fora. Para nós, parte da graça de viajar está em conhecer não só o lugar, mas as pessoas daquele lugar, a comida, a música, a cultura... Num sistema All inclusive você vivencia o Resort e todas as atividades que são oferecidas, porém não vivencia o lugar onde está. Por outro lado, se sua ideia é descansar, não pensar em nada, comer e beber até morrer,  não ter preocupações, acreditamos que os resorts são a opção perfeita. As atrações agradam gregos e troianos, crianças e velhos, jovens e adultos, tudo All inclusive! Se viaja com crianças, consideramos uma ótima opção de férias e descanso.

Fala sério, vai reclamar dessa vida?!

Em Punta Cana, particularmente, fugir do esquema All inclusive é um pouco difícil. Nós tentamos, nos hospedamos num Hostel (nothing inclusive!) nas duas primeiras noites. Primeiro problema, se você está fora do resort e deseja se encontrar com quem está lá dentro vai ter uma certa dificuldade na portaria. Uma vez estando lá dentro, você é capaz de ficar morando sem que notem sua presença, mas infiltrar no sistema é um pouco difícil. Além disso, os resorts tomam boa parte do acesso à praia. São poucas ruas que permitem que você chegue à praia, o resto é tomado pelos resorts. Então se for ficar no esquema “nothing inclusive” preste bem atenção na localização, veja se o acesso à praia é tranquilo e leia sempre as referências (nós usamos muito o Trip Advisor e o Booking). O hostel que ficamos era bem localizado, com muitos restaurantes próximos e tinha fácil acesso à praia. Nos enganou um pouquinho em relação às fotos que estavam no site. Limpeza e manutenção não são o forte da República Dominicana, mas dava pra dormir sem pernilongo (ufa!). Uma opção para diminuir os custos de hospedagem e ainda aproveitar das comodidades de um resort, é buscar um hostel, ou coisa parecida, e passar o dia em algum resort com um Day Pass. Nós utilizamos o Day Pass por um dia e nos custou US$ 90,00 por pessoa. O Day Pass, geralmente, vale das 9:30 da manhã às 18:00 e você pode chegar cedo e aproveitar o café da manhã, além de disfrutar de tudo que o resort oferece.
Conclusão de nossa experiência “All inclusive”, valeu a pena? Absolutamente! Não temos do que reclamar, foi tudo perfeito! Voltaríamos? É claro que voltaríamos!  Mas por hora, não. E não é porque a experiência não tenha sido boa, mas nosso esquema de viagem é um pouco diferente. Nós gostamos de explorar os lugares, amamos o Couchsurfing, não temos filhos, somos novos, adoramos provar comidas locais, e no momento (a não ser que a Megasena mude isso) a diária num resort é bem maior que nosso budget de viagem.

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