20 de setembro de 2014

The Great Ocean Road

Foi difícil sair de Melbourne, mas o caminho que tomamos ajudou muito! Partimos em direção a Adelaide pela Great Ocean Road, considerada uma das estradas mais bonitas do mundo (como muita coisa aqui na Austrália). De fato, o caminho é muito bonito e apesar da longa distância não existe monotonia na estrada. É até difícil controlar o número de paradas, porque sempre tem um "lookout" com uma vista maravilhosa. Alugamos um carro em Melbourne (infelizmente os Mustangs conversíveis estavam em falta, hehehe) e conseguimos um caroneiro para seguir viagem com a gente. Antes de mais nada ele não estava com uma plaquinha na estrada pedindo carona, mas através do Gumtree, um site de classificados, o Josh entrou o contato com a gente e topou dividir os custos da gasosa. Como diria minha querida vizinha "Deus mora na internet", e cada vez mais concordamos com essa frase (impressionante como você consegue organizar tudo!). Bom, voltando a nossa viagem, foi muito legal ter mais alguém pra conversar, não que estejamos cansados um do outro, mas um dos propósitos da nossa viagem é conhecer pessoas, compartilhar experiências, conhecer novas culturas. O Josh é um chinês que veio estudar matemática na Austrália. Ele é super comunicativo, divertido e nos contou várias coisas sobre a cultura chinesa, desde nosso horóscopo até como é ser filho único na China. Foi muito legal ter a companhia do Josh (que na verdade se chama Chen, pelo menos foi o que nós entendemos, mas ele adotou Joshua quando veio pra cá e Josh é o apelido). A estrada inteira é muito linda, mas os 12 Apóstolos são a atração imperdível. Não dá pra explicar e infelizmente as fotos não fazem jus ao lugar. Ventava muito, o tempo é super instável, mas sem dúvida nenhuma é incrível! Nós paramos lá duas vezes, no final da tarde e de manhãzinha, valeu muito a pena pois a luz do sol interfere na cor das rochas. Ficamos também um tempinho caminhando por Loch Ard Gorge, que sem dúvida nenhuma vale a visita. Continuamos nosso caminho até Mount Gambier, onde dormimos num antigo presídio que foi convertido em hostel a pouco tempo. O lugar é muito legal, o dono manteve as características mas conseguiu dar um charme ao local. Foi uma experiência divertida! No trecho final da estrada estavam as vinícolas da região de Conowarra, e é claro que nós paramos em uma delas pra fazer uma pequena degustação (lembrando que aqui é permitida uma dose mínima de álcool pra quem está dirigindo e óbvio que não ultrapassamos!). No total foram 1.019 km, 3 dias e 2 noites numa viagem incrível até chegarmos em Adelaide (não percam as cenas dos próximos capítulos!).

Isso é só o começo!

Com nosso amigo Josh

Na prisão


O kiwi estressado tomando um vinho pra relaxar!

Vinho na chuva


Os 12 Apóstolos com a luz da manhã

Loch Ard Gorge

Loch Ard Gorge

Meditation!

Iniciando a viagem com nosso amigo Josh!



Os 12 Apóstolos no final do dia

Nossa cela!

A própria presidiária

19 de setembro de 2014

Melbourne: a cidade que nos encantou

Melbourne é simplesmente demais e ponto. Acho que nem um livro inteiro é capaz de descrever o que é a cidade. Cultura, diversidade, muitas áreas verdes, Melbourne tem uma atmosfera que só estando lá para entender. A cidade é vibrante, cheia de cores, aromas, sons... Bondinhos passando, bicicletas pra todo canto, pessoas diferentes, tudo junto e misturado. Deixar se perder pelas ruas de Melbourne é algo delicioso, a cada esquina você encontra algo para fazer, um canto charmoso, um beco cheio de cafés, um parque. Curiosamente, a cidade foi pensada para que a cada 15 minutos de caminhada você tenha um parque para relaxar é exatamente assim que funciona. Nosso tempo em Melbourne foi pouco, muito pouco! Ah, e a arquitetura?! Sensacional! Algo que ficamos orgulhosos de ver e dizer que somos arquitetos! Ficamos apenas 2 dias mas foi o suficiente para nos apaixonarmos pela cidade e querermos voltar lá (quem sabe até morar em Melbourne). É impressionante como até os becos com lixeira são limpos e organizados (nunca tinha visto isso na vida!). Desembarcamos num domingo ensolarado e seguimos as instruções de nossa anfitriã (do couchsurfing) para chegarmos até a casa dela. O jeito mais rápido de ir do aeroporto até o centro da cidade é através do Skybus, demora cerca de 20 min. Não diria que é o mais barato, custa AU$ 18,00 o trecho do aeroporto até o centro, mas é bem eficiente. No outro dia, descobrimos que existe sim uma opção mais em conta, 100% de transporte público, mas demora um pouco mais (cerca de 1 hora da estação central até o aeroporto) em compensação a viagem custa, aproximadamente AU$ 6,00. (dica importante: existem vários centros de informações de transportes públicos na Austrália, procure um e você irá encontrar a melhor opção para seu trajeto!). O Skybus leva até a principal estação multimodal e de lá você pode pegar um trem, tram (ou bondinho), metrô ou ônibus para qualquer lugar. O transporte público é muito bom, o único problema é que você tem que comprar um cartão (como o bilhete único de São Paulo) que custa AU$ 6,00 e você não consegue comprar o bilhete avulso. Para quem vai ficar poucos dias acaba pagando a mais e ficando com o cartão na mão, mas é o sistema. Existe também um bonde circular que é gratuito, ele faz intersecção com outras linhas e passa por vários pontos turísticos (dá pra ficar rodando por horas de graça, hahaha)! Dependendo de onde você for ficar hospedado pode economizar uma boa pernada só com o bonde circular. 

Bondinho circular grátis!



No nosso caso, pegamos o bondinho até a casa onde nos hospedamos. Chegamos no local, uma casinha bem simpática com jardim na frente, localizada numa rua tranquila. Nossa anfitriã estava cuidando do jardim e nos convidou para um almoço. Uma das maravilhas do couchsurfing é interagir com quem é do local, que irá te passar dicas e até levar para almoçar em lugares que estão fora do roteiro turístico, acho que foi esse nosso caso. Fomos almoçar num lugar que era um antigo convento e que hoje funciona como um centro gastronômico/ parque. Nossa estadia em Melbourne começou muito bem (não foi à toa que nos apaixonamos pela cidade!). 

Ex-convento

No final da tarde, seguimos para o centro da cidade (dessa vez por nossa conta) e pegamos o bondinho circular até o Waterfront. De lá continuamos rumo ao centro e nos deixamos levar pelos encantos da cidade. Descobrimos (meio que sem-querer) a Chinatown (pasmem, mas a Chinatown de lá é super organizada!), um rooftop bar super legal, e mais um monte de bares e baladinhas que ficam nos becos a cidade. No dia seguinte saímos cedo de casa para pegar o free walking tour, que para quem não conhece é um passeio guiado pela cidade e gratuito (você pode pagar uma gorjeta para o guia, mas não é obrigatório). 

Free walking tour

Nós sempre procuramos por free walking tours nas cidades que visitamos, consideramos uma ótima maneira de andar pelo local e descobrir um pouco mais da história e curiosidades. Terminado o tour, ficamos andando pela cidade, nos deixando se encantar ainda mais por Melbourne. Terminamos nossa noite num delicioso restaurante vegano, a convite de nossa anfitriã. A culinária em Melbourne é algo sensacional. Todos os restaurantes pelos quais passamos eram super legais, uma arquitetura bacana e a comida com uma cara muito boa! Não é à toa que a cidade é considerada a capital cultural da Austrália. De fato a cidade nos encantou, mas tínhamos que continuar, afinal ainda tem uma Austrália inteira pela frente e o vento (ou a ventania, no caso da nossa próxima parada) soprando em nossa direção!
PS: aposto que depois deste post você terá uma outra ideia da cidade quando assistir o GP de Melbourne!









17 de setembro de 2014

Tasmânia: um pedaço de paraíso (ou o paraíso inteiro)

De Sydney seguimos para Tasmânia, ou Tassie como é conhecida por aqui. Passamos 8 dias lá e tivemos uma experiência muito legal com o Helpx  (Help Exchange). Para quem não conhece, o Helpx é uma comunidade muito bacana onde você troca mão de obra (de qualquer tipo, desde pintar a cerca, cuidar do jardim, atender em um hostel até auxiliar pessoas idosas) por hospedagem e alimentação. No nosso caso, fomos convidados por um casal muito legal a auxiliar na construção da casa deles. E quando nos referimos à construção é mão na massa mesmo, pintura, janelas, etc. Acabamos ajudando um pouquinho com o projeto da cozinha, mas mais dando opiniões que desenvolvendo o projeto. A princípio, nós não iríamos até Tassie, mas o convite foi tão interessante que resolvemos alterar nossos planos. Em geral, os trabalhos do Helpx são de meio período, mas estávamos lá para ajudá-los o máximo possível. Infelizmente, por um atraso da entrega das janelas (sim, até na Austrália os fornecedores falham), nosso esquema de trabalho foi alterado e acabamos ajudando com pintura das placas de forro, moldura das janelas, além de carregar toras de madeira (nos sentimos o próprio Rocky Balboa!), até usar a moto serra nós aprendemos! A experiência foi muito legal, além do que o lugar é simplesmente maravilhoso! Nosso caminho entre a casa e o trabalho parecia cenário de filme. Casas bonitinhas com jardim enorme na frente, cachorro, gato, ovelhas, cavalos, passarinhos cantando. As pessoas se cumprimentam na rua, todo mundo conhece o vizinho, os carros desviam dos pedestres, as crianças esperam o ônibus da escola, simplesmente o cenário é perfeito! O barulho que nos acordava de manhã era dos passarinhos cantando! Mas não só de trabalho foi feita nossa vida na Tasmânia. Tivemos oportunidade de conviver com a família que nos hospedou, e aproveitamos também um dia de folga para conhecer um dos lindos parques nacionais de Tassie, o Freycenet National Park. Fácil, fácil ficaríamos mais 1 ou 3 meses por lá (quem sabe comprar um pedacinho de terra e criar umas ovelhas!), mas ainda temos muito o que ver da Austrália e partimos com vontade de ficar. Sem dúvida nenhuma a Tasmânia vale a visita e já ocupa um lugar especial no nosso coração. Que um dia os bons ventos nos levem de volta à querida Tassie!

Nosso lar em Tassie (protegido por Ned Kelly)

Vista do rio Tamar em frente à casa (nada mal)

Freycenet National Park

Fazendo amizade com Wallabie (não é zoológico)

Interagindo com o habitante local

Vista do rio Tamar

Nóis no trampo

Caminho de volta pra casa (saindo do trampo)

Freycenet National Park

Wineglass bay (Freycenet National Park)

9 de setembro de 2014

Sydney

Após 500 mil horas de vôo chegamos a nossa primeira parada oficial: Austrália. Desembarcamos em Sydney numa manhã fria, mas ensolarada. Chegamos muito bem, mas nossas malas gostaram tanto de NY que resolveram ficar por lá mesmo! Ok! Faz parte da viagem, o máximo que dá pra fazer é notificar a companhia e torcer para que elas cheguem o mais rápido possível. Pegamos nosso endereço e fomos atrás de informações sobre como chegar lá. O aeroporto de Sydney oferece um serviço gratuito de consierge de transporte. Isso mesmo, tem uma galera dedicada a te explicar a melhor (e/ ou mais barata) maneira de você chegar ao seu destino. Eles também agendam uma van ou taxi caso você queira. No nosso caso, o moço que nos atendeu nos ofereceu 3 opções com preços: taxi, o trem do aeroporto ou transporte público. Optamos pelo transporte público, que além de ser a opção mais barata, foi muito eficiente, rápido e fácil (isso porque o moço disse que seria um pouco "tricky", mas acho que ele nunca fez uma baldeação na Sé!). 
Ficamos hospedados na casa de uma amiga de uma prima e acho que não poderíamos ter melhores boas vindas e anfitriões! Ela estava trabalhando quando chegamos e o marido viajando, mas mesmo assim deixou a chave no esconderijo secreto, um mapinha das redondezas, e ainda nos deixou um delicioso chocolate australiano em nossa cama (pra quem conhece: TimTam!). O bairro é residencial, super arborizado e bem tranquilo. Resolvemos tirar o dia para descansar, sem muita correria para fazer turismo, aproveitando a tranquilidade do local para organizar nossa vida.




No dia seguinte saímos para conhecer a Opera House e arredores. Infelizmente não pudemos nos alongar no passeio porque nos telefonaram avisando que iriam entregar as malas no final da tarde (uhu! elas chegaram na Austrália). Descemos na Central Station e caminhamos até a Opera House, passando pelo Hyde Park e Royal Garden. A cidade é linda, e acho que as imagens valem mais que as palavras!

Instruções para atravessar a rua!

Dentro da Opera House, vale a visita!




Primeira aparição do Kiwi estressado


Meu, meu, meu....




Essa foto está na família da Dri em 3 momentos diferentes: 1973, 2006 e agora 2014

Olha a alegria de reencontrar as malas!

Terminamos o dia jantando em ótima companhia! O casal querido que nos hospedou e mais um casal de amigos nos levou pra jantar num restaurante delicioso.
O sábado amanheceu chuvoso, mas tomamos um delicioso café da manhã no melhor estilo australiano! 

Lu e Ben, obrigado por tudo!

Aproveitamos que o dia não estava para muito passeio, para finalizar as compras da viagem e ainda ganhamos uma carona até o aeroporto. O vento soprou (o que não falta em Sydney é vento!) em direção ao sul e nos levou para Tasmânia!