24 de dezembro de 2014

Pagando as contas: Singapura

Se explicar as contas em Kuala Lumpur foi fácil por conta do tempo reduzido, Singapura deve ser ainda mais fácil. Contabilizamos apenas 2 dos 4 inicialmente previstos nesta incrível cidade/ estado, e assim como em Kuala Lumpur, nos surpreendemos com o quão baratas são e como seu dia de viajante por aqui pode ser econômico.
A alimentação, assim como em Kuala Lumpur, pode e deve ser feita em qualquer das inúmeras praças de alimentação espalhadas pela cidade, e que em muitos casos possuem o nome de "market", pois em muitos deles, a "feira" como conhecemos no Brasil e as lojinhas de comida ficam sob o mesmo teto. A razão desta obrigatoriedade passa pelo fator óbvio do preço, com a certeza de que onde os locais comem todos os dias, os custos são menores, além de experimentar um programa diário na vida de quase todos os habitantes de Singapura, conferindo a este o seu fator de experiência cultural. Para se ter idéia, experimentamos o prato mais famoso do pedaço, o chicken rice, celebrado pelo famoso chef Anthony Bourdain em um dos programas filmados por aqui, e aquilo que se fosse no Brasil, sob as mesmas condições, se tornaria imediatamente em uma iguaria "única" e portanto caríssima, nos custou o equivalente a US$ 3,14 por prato!!! Mas se você estiver com o bolso cheio e estiver disposto a gastar uma parte do que está dentro dele, você também pode escolher um dentre os vários restaurantes e cafés em volta da Marina Bay. A vista da marina vale a pena.
Como não tivemos gastos com hospedagem, pois assim como em Kuala Lumpur, fomos agraciados com uma ótima experiência pelo couchsurfing, esse também acabou por ser um fator fundamental para as nossas economias por aqui. Quanto à locomoção, fizemos basicamente tudo a pé. Só gastamos com transporte pelos taxis que nos levaram até a casa do Kuni, onde nos hospedamos, e posteriormente para o aeroporto, de onde pegamos o avião para a Indonésia, além de uma passagem de ônibus por dia para cada um de nós. No entanto, ao adiantar o gasto do transporte entre Jakarta e Denpasar (acabamos comprando uma passagem de avião, pois descobrimos que seria o mesmo preço de fazer o percurso de trem/ ônibus/ ferry, mas demoraria cerca de 1,5 horas em vez de 1,5 dias), fizemos com que gastos com transporte representassem 66,20% dos nossos gastos por aqui. Dessa forma nossa pizza de gastos ficou assim:

Pela margem de erro, o transporte pode ser bem barato em Singapura

Devido à compra adiantada dessa passagem de Jakarta para Dempasar, nossa margem entre os gastos planejados e os gastos realizados acabou caindo para 9,36%, conforme demonstra o gráfico abaixo.

Margem em queda vertiginosa. Vai dar trabalho no futuro

Na Indonésia teremos que trabalhar para recuperar nossa margem, e nos reaproximar da meta de 10,00%...
Ao final das contas, gastamos US$ 168,73, frente aos US$ 340,32 previstos (prevíamos uma estada de 4 dias a US$ 85,08 ao dia), mas descontado o valor da passagem aérea entre Jakarta e Denpasar, esse gasto cai para apenas US$ 59,17, com uma média de US$ 29,59 por dia. Nada mal, não é?! Lembrando que esses foram os custos do casal.

Gastos acumulados nos dias em Singapura

Gastos diários em Singapura

Claro que para isso, deixamos de fazer vários programas legais na cidade, como visitar as sensacionais  estufas do Jardim Botânico, que custavam cerca de US$ 25,00 por pessoa, mas andar pela cidade em si (especialmente para arquitetos como nós) já é uma atração que nos mantém ocupados por todo o tempo, e o melhor: é de graça!

Novidade no Blog!

Oi pessoal! Temos novidade no nosso blog. Para quem ainda não sabe, criamos um canal no Youtube onde postamos vídeos que estamos fazendo por onde o vento nos leva! Para assistir, acompanhar, comentar é só clicar ao lado (Assistir vídeos).

23 de dezembro de 2014

Singapura


Singapura é demais! A cidade/ país é muito legal, para nós arquitetos é um prato cheio de inspirações e de como fazer boa arquitetura e melhor, sustentável. Foram só dois dias, mas foi o suficiente para nos apaixonarmos pela cidade, que já entrou na nossa lista de favoritas!
A viagem de ônibus foi super tranquila, demorou um pouquinho mais do que esperávamos, mas chegamos bem. Aqui também fizemos couchsurfing, ficamos na casa da Jennifer e do Kuniaki. Ela é de Singapura e ele é japonês. O mais engraçado é que quando chegamos na casa deles tinha um brasileiro, o Pedro, e estava tocando Luís Gonzaga! A Jen e o Kuni são profissionais no couchsurfing, eles sempre recebem alguém e já contabilizavam 1009 pessoas recebidas quando da nossa chegada. Tem até um ranking dos países e nossos hermanos argentinos estão liderando (pessoal vamos mudar isso, a Argentina não pode ganhar da gente!).
No nosso primeiro dia, saímos para tomar café na companhia do Pedro e da Jen. Ela nos levou em um mercado próximo à casa deles e nos apresentou várias coisas típicas. Ainda de quebra nos ajudou a montar um roteiro para o dia, com indicações de restaurantes e pratos típicos para provarmos! Ela também nos explicou um pouco sobre o funcionamento dos templos, um pouco da cultura chinesa (ela é descendente de chineses) e como as gerações nascidas em Singapura estão se transformando, um exemplo é que muitas crianças já não falam mandarim.
Com as dicas e mapa nas mãos saímos para explorar a cidade. E se tem uma coisa que nós gostamos é andar pela cidade, olhando os prédios, as pessoas, a vida urbana. A gente até usa o mapa como orientação, mas adoramos nos deixar perder e tentar uma ruazinha alternativa. Singapura é cheia de vida, cheia de arquitetura bacana. Andar por aqui é encontrar algo interessante em cada esquina. Começamos nosso roteiro pelo Bugies, fomos ver um templo que a Jen nos indicou. De lá seguimos para Chinatown, onde visitamos o templo Bhuda Tooth, muito lindo. Para o almoço, fomos no Maxwell Food Market comer um arroz com frango no Tian Tian, prato típico e mais uma dica da nossa anfitriã. Seguimos nossa caminhada até a marina e lá ficamos horas e horas explorando a região. Singapura é uma aula em planejamento urbano, boa arquitetura e sustentabilidade. A cidade possui várias galerias de exposição com maquetes, ilustrações e painéis interativos para você entender melhor o funcionamento da cidade. Tudo gratuitamente, é só entrar e explorar!
Passeamos também por horas no Gardens of the Bay, onde estão as árvores gigantes, onde passeamos por uma passarela suspensa que está na altura da copa das árvores. A vista de lá é linda e vale o passeio. Ainda no Gardens of the Bay, fomos até à barragem que separa a lagoa da marina (que na verdade é um reservatório de água doce) do mar. É muito legal porque eles fizeram uma área de parque, que é um telhado verde, e as pessoas aproveitam o local para soltar pipas, fazer pic nics, ou simplesmente sentar e admirar o por do sol (que foi o que fizemos). E pra finalizar nosso dia, assistimos o show de lasers na marina, espetáculo gratuito e muito lindo!
No segundo e último dia, nossa ideia era ir visitar o Jardim Botânico, mas amanheceu chovendo muito e resolvemos aproveitar a chuva lá fora para ficar dentro do apê e resolver as pendências da viagem (sim, sempre temos trabalho a fazer). Mas antes fomos tomar café da manhã e dessa vez, quem nos acompanhou foi o Kuni, que nos levou num "Food Court" (Singapura é cheia desses Food Court ou Food Market, que nada mais são que praças de alimentação com vários restaurantes pequenos e ótimo preço). Depois que resolvemos nossas pendências, voltamos no Maxwell Food Market para almoçar e seguimos para a Marina Bay (ficamos viciados nesse lugar), mas dessa vez exploramos outros lados. Podemos dizer que todos os ângulos são legais, e cada vez encontramos mais prédios bacanas. Nós realmente adoramos Singapura! Sem dúvida nenhuma, é do tipo de cidade que nos deixa orgulhosos de nossa profissão!

Café da manhã no mercado, na companhia da Jen e do Pedro

Andando pela cidade



Chinatown e ao fundo Business Center

Budha Tooth Temple

Tiger beer + tian tina chicane

A Dri querendo o emprego do Anthony 
Bourdain, a pose ela já sabe fazer!

Kiwi na Marina Bay



A ponte inspirada no desenho do DNA

As árvores gigantes, "porque as árveres somos nozes"




Fala se essa cidade não é demais?!

O símbolo da cidade

Adivinhem por que nos viciamos na Marina Bay?

Deixamos nossa mensagem de ano novo!

5 nacionalidades, 1 lugar! E viva o couchsurfing!

9 de dezembro de 2014

Kuala Lumpur


Depois de dois vôos, um de Kathmandu até Delhi, que durou 1 hora e meia e atrasou quase 2 horas, e mais 5 horas de vôo a partir de Delhi, aterrissamos em Kuala Lumpur. Saímos dos Himalaias diretamente para a linha do Equador, o que significa que deixamos as montanhas geladas para o calor equatoriano. Aqui conseguimos um couchsurfing, mas nossa anfitriã só poderia nos receber no final do dia, então saímos do aeroporto, fomos até a estação central de trem (que na verdade é com S, Sentral Station), deixamos nossas mochilas e aproveitamos para explorar o centro até a hora de irmos para a casa.
Desafio número 1: ir a pé da estação até o centro. Pelo mapa que pegamos no centro de informações turísticas era uma linha reta, mas na verdade não tem muita calçada e lá pelas tantas parecia que estávamos andando em círculos. Mas enfim conseguimos e chegamos na Merdeka Square, um dos principais pontos turísticos de KL (que é como todo mundo se refere a Kuala Lumpur). De lá fomos até a Chinatown, onde descobrimos uma super praça de alimentação e comemos uma espécie de omelete de miojo "flito".  Saímos de lá e passamos no Mercado Central, que foi modificado e está totalmente restaurado. Hoje funciona mais como um shopping center do que como mercado em si. O Mercado é bem legal, apesar de não vender alimentos, a intervenção feita foi muito bem sucedida e as lojinhas são super bonitas e bem organizadas. De lá voltamos para a Sentral Station (é muito estranho escrever Sentral com S, aliás o malaio parece a língua do Hopi Hari!), pegamos nossas mochilas e fomos para casa de nossa anfitriã. A Jill é uma inglesa, que já viajou bastante e atualmente está morando em KL. Ficamos super bem instalados e conversamos bastante, aproveitando a vista da varanda dela.
No dia seguinte, a nossa ideia era levantar cedinho pra fazer um Free Walking Tour, mas como a noite no avião foi praticamente virada (na verdade, a Dri cochilou e o Manu ficou direto) não conseguimos acordar cedo. Acabamos levantando bem tarde, mas tudo bem precisávamos de um descanso. Optamos nesse dia ir ver as Petronas Tower. Andamos bastante pra chegar até lá e as torres são muito legais! Programa de arquiteto, e valeu muito a pena. São mais bonitas vista de perto, além disso o entorno é bacana, tem um parque bem legal, logo na parte de trás das torres. Sem dúvida nenhuma, as Petronas são um marco arquitetônico para Kuala Lumpur. De lá voltamos pra casa, pois combinamos de fazer um jantar par nossa anfitriã. O cardápio foi uma feijoada vegetariana (tinha uma carrinha separada para nós)! Infelizmente não encontramos substitutos vegetarianos (linguiça), então acabou ficando só o arroz com feijão, mas pelo menos deu pra explicar como é a nossa feijoada e pelo jeito a Jill gostou! Claro que a sobremesa foi brigadeiro de colher (já é o terceiro país que fazemos brigadeiro!).
No nosso terceiro e último dia, voltamos na Merdeka Square, só para tirar mais algumas fotos e no final do dia partimos para Singapura. Nossa intenção era ir de trem, mas como não tinha passagem, fomos de busão mesmo! E a viagem foi muito boa, ônibus super confortável, um luxo só, principalmente para quem estava acostumado com os do Nepal. 
Gostamos muito de Kuala Lumpur, a cidade é bem organizada, muitas referências da cultura islâmica, mas ao mesmo tempo é uma cidade de todos, uma mistura grande de culturas diferentes. Nos lembrou bastante São Paulo, até a vista da casa da Jill nos lembrou a nossa vista em sampa. 

Merdeka Square

Arquitetura islâmica - Mesquita Nacional

Mais referências pela cidade

Chinatown (estamos curiosos pra saber como chamam a
Chinatown na China!)

"Plaça"de alimentação

"Flito"stuff

Interior do Mercado Municipal

Petronas

Lobby das Petronas



Vista da casa da Jill, nada mal, né?!


Olha o Kiwi aí gente!

Puro luxo esse busão

7 de dezembro de 2014

Pagando as contas: Nepal

Como já nos haviam dito anteriormente, “depois de mochilar pela Índia, nada mais será impossível para você”; e assim parece ser mesmo. Atravessamos a fronteira entre a Índia e o Nepal, trocamos nosso dinheiro por rúpias nepalesas, recebemos um conjunto de notas com os números da foto abaixo.
notas de 5, 20, 50, 100, 500 e 1000 rúpias na ordem
  
Pois é... No Nepal, nem mesmo os algarismos numéricos coincidem com os números do alfabeto arábico. Mas essa informação é muito mais curiosidade ao se lidar com dinheiro no Nepal do que uma dificuldade em si.
Quanto às contas propriamente ditas, conseguimos praticamente manter o desempenho geral da viagem até o início da viagem pelo Nepal. Nossa margem entre os custos previstos e o realizados ficou em 9,43%, contra os 9,50% com que iniciamos nossa viagem pelo país. Iniciamos nossos dias com uma despesa imprevista e alta para os padrões nepaleses de gastos: o visto de entrada com permanência de até 15 dias nos custou US$25,00 cada um. Como nosso gasto previsto diário era de US$ 38,00, tivemos que passar os restantes 10 dias nos concentrando em recuperar nossas despesas. E assim fizemos.

 Custo dos vistos no primeiro dia foi o maior gasto do Nepal

Após uma breve pesquisa em Pokhara, trocamos um hotel de US$15,00 a diária por um de US$10,00, sem queda na qualidade dos serviços, e reservamos 2 noites no hostel mais barato que encontramos em Kathmandu (US$7,00 a diária). Ainda que restringíssemos a quantidade de refeições ao necessário, comemos praticamente todos os dias em restaurantes, mas a dica que vale para Pokhara, é comer perto do principal ponto de ônibus de Lake Side, onde qualquer prato típico é mais barato que nos demais restaurantes, e além disso, poucos deles cobram os quase 25% de impostos sobre o preço do cardápio.
Com isso, nossos gastos totais no Nepal foram de US$415,94, contra os US$427,60 planejados.

Acompanhamento dos gastos acumulados

Ainda assim, podemos ver no gráfico abaixo, que a alimentação foi o item que mais impactou nossas contas no Nepal.


Alimentação e hospedagem foram os grandes gastos

Também evitamos quaisquer gastos com passeios que não pudéssemos fazer por nós mesmos, o que nos impediu de fazer um trekking pelos Himalaias. Mas vida de mochileiro é assim mesmo, não dá pra fazer tudo...
Também contribuiu para não melhorarmos nossas contas, o fato de não termos conseguido fazer um couchsurfing no Nepal. O motivo foi de que simplesmente não encontramos quem pudesse nos hospedar.
Mas ao final, nossos gastos no Nepal ficaram fora da meta de 10% de economia sobre o previsto, mas sem estourar a nossa previsão de gastos.

Nossa margem manteve-se praticamente igual ao último dia da Índia
(para comparar, veja o gráfico referente aos gastos da Índia)


Passaremos agora uma semana entre Kuala Lumpur, na Malásia e Singapura, onde os gastos previstos são mais altos. É uma oportunidade para melhorarmos um pouco nossas contas a fim de voltar à meta de 10% de economia sobre o previsto. E a boa notícia é que em ambos os locais já conseguimos couchsurfers dispostos a nos hospedar. E em breve, já que nossa passagem é curta por lá, teremos mais um informe quanto aos custos de nossa passagem por Kuala Lumpur.

5 de dezembro de 2014

Nepal: 10 dias para repor as energias

Foram só 10 dias no Nepal que deixaram um gostinho de quero mais! Visitamos poucos lugares, mas gostamos muito do que vimos. Nosso mapa de viagem ficou assim: