Vamos pra onde o vento nos levar!: África Overland Parte 2: de Victoria Falls a Nairobi

Zâmbia

Malawi

Tanzania

Quênia

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De Vic Falls voltamos para Botswana e dormimos mais uma noite em Chobe. A volta foi ótima, começamos almoçando com elefantes! Sim, bem ao nosso lado no camping estavam nossos amigos, a uma cerca de distância. Mas o ponto alto do nosso retorno ao parque foi ver uma leoa com 4 filhotinhos.

Seguimos nossa viagem para Zâmbia, onde dormimos uma noite em Livingstone que é o ponto de entrada para Victoria Falls do lado da Zambia. Não visitamos as cataratas do lado da Zambia, pois a vista do lado do Zimbabwe é mais bonita. O legal de visitar as cataratas do lado da Zambia é ir Devil’s Pool, que é uma piscina natural bem na boca das cataratas, mas só dá para visitar no período da seca (mais ou menos entre Setembro e Novembro).

Ficamos 4 dias na Zambia, foi uma passada bem rápida e não achamos o país tão atratativo. A paisagem é bonita, mas nada surpreendente. Visitamos um parque nacional no norte do país.

Da Zambia seguimos para o Malawi, onde acampamos próximo ao Lake Malawi. O país é muito pobre, talvez um dos mais pobres da África, mas a população é bem receptiva. Apesar de pequeno, e praticamente todo tomado pelo lago, a paisagem é muito bonita. O lago em si já é incrível, parece um mar de água doce e é o terceiro maior lago de água doce do mundo! Ficamos dois dias em Kande Beach e depois mais um dia em Chichimba. Nós aproveitamos os dias para curtir a praia e relaxar!

Seguindo viagem, entramos na Tanzania e aqui passamos 11 dias. Os dois primeiros dias foram de viagem até chegarmos em Dar es Salaam.

Dar es Salaam é uma cidade caótica, totalmente engarrafada e sem muitos atrativos. Para se ter uma ideia, nós gastamos 4 horas para andar 30 km! Paramos aqui somente para pegar o ferry até Zanzibar.

Zanzibar é uma delícia. Stonetown é uma cidade super interessante, com muita história. A ilha ficou conhecida por ser a terra natal do Freddie Mercury hehehe, brincadeira gente! Na verdade a ilha é famosa por ser a rota das especiarias e durante muito tempo foi o principal ponto de venda de escravos na África oriental. Nós visitamos o antigo mercado de escravos no tour que fizemos pela cidade. Ficamos 3 dias em Zanzibar, 1 dia em Stonetown e 2 dias numa praia no norte da ilha. A praia é maravilhosa, um mar azul turquesa, mas se fossemos voltar na ilha faríamos o contrário: ficaríamos mais tempo em Stonetown. Por ser cheia de história, a cidade tem muito a oferecer e um dia foi pouco.

De Zanzibar voltamos para Dar e seguimos para o norte, próximo ao Serengueti. Acampamos em Arusha, uma cidade a 100km do parque. Na estrada avistamos o Kilimanjaro, mas o dia estava um pouco encoberto e só vimos a pontinha. Nosso camping em Arusha era uma espécie de Instituto Butantã, com um parque de cobras e outros répteis africanos e uma clínica para cuidar de picadas de cobras. Tem também um museu massai com representações das tribos, os tipos de construção e outras curiosidades. No dia seguinte ao de nossa chegada, estava acontecendo uma feira de gado dos massais, foi bem interessante ver o processo de negociação do gado. Nosso grupo foi para um passeio no Sereguenti, mas nós ficamos no camping. O passeio era opcional e estava muito acima do nosso orçamento, então deixamos para a próxima.

Por fim, chegamos ao Quênia, mais precisamente em Nairobi. A cidade também é muito caótica, muito poluída e muito cheia de gente! Nós passeamos pelo centro, e conseguimos ter uma ideia da cidade como um todo.

O Overland foi uma experiência muito legal. Gostamos muito e recomendamos, mas se fossemos fazer novamente escolheríamos passar menos dias. No final já estávamos muito cansados, e principalmente o segundo trecho (de Vic Falls a Nairobi) foi muito cansativo. Foram muitos dias de estrada, muitas vezes acordamos às 3:30 da manhã para viajar, mas foi bom para se ter uma ideia geral. Nossa conclusão é que o Overland é a maneira mais fácil de se viajar pela África, não é impossível fazer por conta própria, mas pode ser um pouco mais difícil. Em muitos países o transporte público é praticamente inexistente ou muito ruim, e de carro pode ter algumas pequenas dores de cabeça como ter de ligar com a corrupção das polícias pelas estradas.

Foram dois meses pela África com muitas paisagens diferentes, muitos bichos, muitos sorrisos, mas também o contraste com a pobreza, o preconceito e a diferenciação racial.

E que venha o próximo continente e as próximas aventuras!