17 de novembro de 2014

Agra, o Taj Mahal e o que fazer quando ele fecha

Depois de comprar nossas passagens e organizar a viagem para ficar um dia em Agra, descobrimos que o Taj Mahal fecha às sextas-feiras. E adivinha qual dia reservamos para visita-lo? Aham! Sexta-feira! Felizmente, conseguimos alterar nossa saída de Agra e ganhamos mais um dia na cidade. Mas o que fazer com esse dia? Descobrimos que nem só do Taj Mahal vive Agra, e aproveitamos nosso dia extra para conhecer outras duas atrações da cidade: o Agra Fort e o Baby Taj. Mais uma vez, negociamos um tuk-tuk (estamos ficando bons nisso, quer dizer, nós achamos!) e começamos pelo Agra Fort. O forte é bem diferente do de Jaipur, mas tão bonito quanto. Desde seus primórdios, que datam lá dos anos 1.000 D.C., o forte foi utilizado de várias formas diferentes, desde moradia dos sultões e marajás até como base militar mesmo. Passou por vários governos diferentes, sobrevivendo a invasões, abandono, mas também vivendo dias de glória. Hoje uma parte do forte ainda é dedicada ao serviço militar e não é aberta à visitação. Foi aqui também que ficou preso o imperador Shah Jahan, após ter o trono tomado pelo filho, e de onde ele podia admirar sua obra prima: o Taj Mahal. 
Após a visita ao forte, seguimos para o Baby Taj. Ao contrário do que pode parecer, o Baby Taj não é uma cópia menor do Taj Mahal, mas sim o túmulo dos pais da imperatriz Mumtaz Mahal, esposa de Shah Jahan, e para quem o Taj Mahal foi construído. Não é tão imponente quanto o Taj (olha que já estamos íntimos), mas vale a visita. A arquitetura é muito bonita e os detalhes são muito bem feitos. O trabalho é impressionante e chamaria a atenção em qualquer lugar que estivesse. Na saída, o motorista do tuk-tuk até tentou nos levar para conhecer o bazar, com bons preços para compra, mas nós insistimos que não queríamos comprar e seguimos para nosso hotel.
No dia seguinte, nossa ideia era levantar e ver o sol nascer no Taj, mas não conseguimos. O ideal é chegar lá o mais cedo possível porque é menos lotado. Chegamos lá por volta das 9:30 e já estava bem cheio, mas ainda assim, menos cheio do que quando nós saímos. O Taj Mahal não deixa sua fama por menos. De fato, é muito lindo e vale a vinda até aqui só para visita-lo. É impressionante! O complexo é bonito desde os portões de acesso. Várias vezes você tem que olhar para o Taj para acreditar que é verdade mesmo! A riqueza dos detalhes, a precisão da construção, a simetria, a delicadeza e ao mesmo tempo a grandiosidade, fazem do Taj uma das maravilhas do mundo moderno.  Gaste um tempo por lá, caminhe, observe cada flor, cada detalhe cravado no mármore branco. A parte interna também não deixa por menos, é de ficar boquiaberto! Nós passamos a manhã toda por lá e até agora estamos encantados.
Uma coisa é fato, existe um contraste, pra não dizer um abismo, entre o que existe dentro dos portões do Taj Mahal e o que existe por fora. Enquanto você está dentro dos portões do Taj até esquece que existe uma cidade lá fora, mas logo que você sai a cidade grita aos seus ouvidos. É estranho pensar que há 400 anos essa sociedade construiu o Taj Mahal, de beleza e perfeição incríveis, e hoje vive em meio ao caos e não consegue construir uma parede alinhada. Nós passamos por uma obra de infra-estrutura urbana e ficamos chocados com o que vimos na escavação do solo: camadas e mais camadas de lixo (principalmente plástico). E a obra era em uma das ruas que dá acesso ao Taj Mahal. Mas isso é a Índia! São os contrastes bruscos, o choque de realidade, o "soco o estômago", que fazem daqui um lugar que você ama e odeia, admira e despreza, aceita mas não entende.... E vamos que vamos, seguindo viagem por essa terra tão diferente!

Agra Fort


Quem quer ser um milionário? (ache o Manu)

"Photo, photo"

 Prisão do antigo Sultão

 Há alguns séculos, eles conseguiam fazer duas paredes paralelas...

Dizem que dá pra ver o Taj Mahal daqui


Entrada do Baby Taj

Baby Taj

O Taj!






O lado de fora do Taj

Detalhe do rodapé


Vocês não acham que o kiwi está menos estressado?

O contraste

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