10 de fevereiro de 2015

Pagando as contas: Laos

Aperto; luz amarela acesa; estado de atenção. Essas são as palavras para definir nossas contas, em função dos gastos que tivemos no Laos. Gastamos US$692,00 em um período de apenas 10 dias, quando o previsto era que gastássemos US$405,04. Um gasto excedente de 70,84% para o período!!!!

Aproximação entre as linhas de gastos previstos (vermelho) e de gastos realizados (azul)

Se observarmos os gráficos e os números pura e simplesmente, pode-se facilmente formular a tese de que a Dri e o Manu perderam completamente o controle do dinheiro; possivelmente tomaram 2 ou 17 cervejas a mais e caíram na gastança, com hotéis caros, e restaurantes bacanudos. Ainda que a hipótese possa ser bem plausível, neste caso não se tratou disso. O descompasso nas nossas contas neste momento possui um nome - VISTOS - e dois sobrenomes - LAOS e VIETNAM. Enquanto estivemos no Laos, tivemos grandes gastos com 2 vistos em um curto espaço de tempo. No dia 26 de janeiro, na fronteira entre a Tailândia e o Laos, adquirimos nossos vistos “on arrival” para o Laos ao módico preço de US$ 30,00 por pessoa. Mais tarde,  no dia 02 de fevereiro, já em Vientiane, demos entrada para os vistos do Vietnam custando cada um US$ 70,00 (?????!!!!!), uma vez que não é possível adquirí-los na chegada à fronteira.

Linhas dos nossos gastos diários.
Vistos para o Laos e Vietnam e passeio pelo Rio Mekong são os vilões da vez.

Além disso, também no dia 26 de janeiro, adquirimos os tickets para os barcos que desceriam o rio Mekong partindo de Huai Xay em direção a Luang Prabang, pelo custo de 240.000 kips (ou pouco mais de US$31,00) cada, o que pesou bastante no orçamento e que se encontra refletido em 10% na distribuição de custos como “tour”, já que mais do que um meio de transporte, esse passeio é uma das maiores atrações do Laos. Ainda quanto à distribuição dos custos, os vistos mencionados acima fazem parte do item “other”.

Distribuição dos gastos em nossos 10 dias no Laos
(atenção para os 0% de compras)

Assim, devido a esses gastos, nossa margem entre o planejado e o realizado despencou de 9,35% para 8,21%!!!! Tá certo que ainda estamos no azul, com uma boa margem para trabalhar, mas não esquecemos de que nossa meta é chegar ao final da viagem com esta margem nos 10%.

A margem entre previsto e realizado despencando para a casa dos 8%

No entanto, acreditamos que nossa recuperação só poderá ocorrer de fato a partir do início de abril, quando devemos iniciar o Overland pela África (havíamos previsto um gasto de US$200,00/dia/casal, mas já encontramos uma empresa bastante recomendada, e que nos apresentou um programa exatamente como procurávamos e nos custará aproximadamente US$150,00, excluindo custos com vistos, e outros extras, para os quais, vamos reservar o equivalente a US$20,00/dia/casal, num total de US$170,00/dia/casal). Ainda na Ásia, ficamos sabendo por boatos de outros viajantes (segundo o Manu, o boato é a única informação mais poderosa que a verdade comprovada) que o visto para a China custa aproximadamente US$130,00/pessoa e que deve ser obtido com antecedência, o que provavelmente causará impactos semelhantes em nossas contas em um futuro próximo, provavelmente no Camboja, de onde tentaremos tirar esse visto. Isso sem contar o visto para o próprio Camboja, que segundo o Lonely Planet custará US$20,00/pessoa na fronteira.
Mas é assim que se faz um projeto de viagem (na verdade, qualquer projeto). Absorvemos os imprevistos, elaboramos um plano de recuperação e seguimos em frente, sempre de olho em nossos objetivos: Andar pelo mundo a baixo custo, sem maiores pretensões além do que simplesmente “estar”. Mas nos permitindo uma cervejinha ou um chopp de vez em quando (na verdade, sempre que couber no orçamento) afinal de contas, viajando pelo mundo descobrimos que nós, ao menos, não somos de ferro, se não que somos apenas pessoas.

E que venha o tão esperado Camboja, com seus templos de Angkor Wat, e no que concerne ao assunto deste post, os custos do visto para a China. Sigamos.

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