22 de fevereiro de 2015

Pagando as contas: Camboja

O Camboja, assim como o restante do sudeste asiático, é um país que apresenta custos diários como compras de supermercado, deslocamento, alimentação e até mesmo hospedagem bem baixos se comparados aos padrões ocidentais. No entanto, o que pode vir a aumentar significativamente os números dos gastos de qualquer viajante, são as inúmeras e absolutamente tentadoras atrações turísticas – naturais e culturais – do país. Com uma indústria do turismo relativamente recente, devido aos anos em que o país esteve direta e indiretamente envolvido com a guerra do Vietnam, o Camboja vem presenciando um aumento vertiginoso de fluxo de turistas, principalmente nas duas últimas décadas, oque fica evidente no rápido crescimento (e ao nosso ver um pouco descontrolado, perceptível quando se está fora do circuito turístico) sofrido pela cidade de Siem Reap, base para as visitas aos templos da antiga capital do império Khmer, Angkor.
Angkor, assim como muitas outras atrações no país (principalmente templos) só podem ser acessados mediante pagamento. No nosso caso, os US$ 80,00 referentes aos 2 tickets de acesso ao complexo de Angkor estão representados no segundo dia de nossa viagem pelo país (dia 06/02/2015). Nesse dia, quando descobrimos o preço do ingresso, passou pela nossa cabeça o filme das conta do Laos, mesmo porque no dia anterior, para entrar no país, morremos com os US$ 60,00 referentes aos 2 vistos, mais uma “ajuda oficial” ao policial da fronteira no valor aproximado de US$ 3,00 cada. A sobretaxa não está indicada na placa do governo, mas está clara para todos verem escrita em uma folha de caderno ao lado da mesma. Assim, todos os milhares de turistas que atravessam a fronteira diariamente acabam pagando, e você não vai querer discutir com um monte de policiais em plena fronteira e que estão com seu passaporte em mãos.

Os 2 primeiros dias nos deram um belo susto.

Ou seja, nossas contas não começavam bem os nossos dias no Camboja, e nossa margem continuava caindo até chegar a 7,80% - menor margem desde a compra no pacote de 3 dias de mergulho na barreira de corais da Austrália.

A nossa margem desce de elevador e sobe pela rampa

No entanto, como o ticket em Angkor é válido por 3 dias, e como já dissemos acima,  os gastos diários são baixos no Camboja, não tivemos outros gastos maiores nos dias seguintes, o que nos ajudou a iniciarmos a recuperação de nossas contas.
Mesmo com os gastos com deslocamento entre Siam Reap e Phnom Phen, nosso gasto diário só chegou próximo do limite diário, no dia 11/02/2015, quando de uma só vez compramos os tickets de ônibus de Phnom Phen para Pang Sei, e de Phnom Phen para Ho Chi Min (que é nosso próximo destino).
Em Pang Sei nossos gastos foram bem baixos, beirando os US$ 15,00 diários (incluindo hospedagem, pois ao contrário do que é normal no couchsurfing fomos impelidos a pagar o equivalente a US$ 5,00/dia de hospedagem). Esses dias ajudaram bastante em nossas contas.
No gráfico de gastos diários, nossa conta realmente só foi mais significativa no último dia em função do pagamento de US$ 60,00 referente aos 2 vistos para a China. Pois é... Para viajantes mochileiros como nós, os custos dos vistos são bastante significativos, conforme demonstra o item "outros" em nosso gráfico de distribuição de gastos. Lição aprendida para nossa próxima volta ao mundo...

Ultimamente, nossa tradução para "other" é vistos

Ao final, apesar dos gastos com os 2 vistos (Camboja e China) ainda conseguimos finalizar com a mesma margem com que terminamos o Laos, gastamos US$ 558,20 dos  US$ 609,92 previstos (economia de 8,47% em relação ao previsto) e como não teremos gastos com vistos pelos próximos 2 meses, acreditamos que possamos ao menos manter nossas contas estabilizadas dentro do quadro atual para tentarmos uma recuperação significativa no Overland que faremos na África conforme explicado no post referente às contas do Laos.

Pelo menos as linhas ficaram paralelas desta vez


E assim seguimos em direção ao Vietnam.

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